Soja perde mais de 1% em Chicago nesta 6ª feira em dia de baixas generalizadas nas commodities

A volatilidade continua e os futuros da soja negociados na BOlsa de Chicago voltaram a recuar forte nesta manhã de sexta-feira (23). As baixas variavam de 10,25 a 12,75 pontos nos principais vencimentos, por volta de 8h15 (horário de Brasília), e o novembro tinha US$ 14,44, enquanto o março era cotado a US$ 14,54 por bushel.
O mercado segue dividido entre fatores que podem pressionar ou estimular as cotações, em pleno período de plantio na América do Sul e colheita nos Estados Unidos. As condições climáticas neste início dos trabalhos de campo são favoráveis para ambas as regiões e são fatores de pressão.
Do outro lado, a demanda se mostra ainda presente, porém, neste momento mais focada na Argentina, onde a competitividade esté elevada. Todavia, segundo o consultor de mercado Aaron Edwards, da Roach Ag Marketing, as três principais origens – EUA, Brasil e Argentina – deverão ter espaço no mercado.
“A Argentina ‘ganhou’ a rodada de setembro, imagino que os EUA vão ganhar espaço de outubro a dezembro, e o primeiro semestre no Brasil, dependendo de quando começar a chegar soja de safra nova, o país vai ganhar bastante espaço na exportação. Isso é só encaixando a exportação e não muito diferente do ritmo normal das exportações de soja”, afirma o consultor americano.

+ Argentina, Brasil ou EUA: Onde os compradores vão buscar soja nesta nova temporada?
Do mesmo modo, atenções ao andamento da guerra na Ucrânia e ao humor do mercado financeiro diante de um quadro macroeconômico ainda muito comprometido no mundo todo. E o dia parece ser de bastante aversão ao risco, com o petróleo perdendo mais de 3%.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
+ Complexo Soja bate recorde de receita nas exportações ao alcançar US$ 50 bilhões nesta 5ª feira
+ Conheça os fatores que podem fazer a soja superar os US$15/bushel em Chicago e porque é importante vender parte da safra acima desse patamar