Técnico do Chile elogia evolução com Tite, mas vê fraquezas na seleção
Juan Antonio Pizzi não entrou em detalhes, mas disse acreditar que a seleção brasileira tem fraquezas que podem ser exploradas pelo Chile. A classificação da equipe para a Copa do Mundo de 2018 se apoia nisso. Apesar de estar em terceiro nas eliminatórias sul-americanas, com 26 pontos, há o risco de eliminação se não vencer. Esse é o único resultado que classifica os chilenos sem que tenham de se preocupar com outros jogos. Do vice-líder Uruguai para o sétimo colocado Paraguai, a diferença é de quatro pontos. A partida será nesta terça (10), às 20h30, no Allianz Parque, em São Paulo. O Brasil jamais foi derrotado em partidas pelas eliminatórias como mandante. “A cada virtude que há em uma equipe adversária, há fraqueza. Assim como o Brasil. Temos muitas virtudes. Estou convencido que temos time para disputar o jogo com o Brasil. O trabalho de Tite é estupendo: modificou em pouco tempo a equipe, que era cercada de muitas dúvidas. Mas temos o mesmo tipo de individualidade”, disse o treinador nascido na Argentina. Pizzi vai esperar por Charles Aránguiz até o último momento. O volante ex-Internacional tem lesão na panturrilha. A crise no meio-campo se torna maior porque o principal nome do setor, o meia Arturo Vidal, está suspenso. Argentino, Pizzi pode ajudar a eliminar a seleção do seu país. Não que esteja muito preocupado com isso. No ano passado, ele foi o técnico que derrotou seus compatriotas na final da Copa América. Depois da partida, Lionel Messi anunciou que abandonaria a seleção. Voltou atrás meses depois. O treinador sabe que sua reputação está em jogo. O Chile viveu altos e baixos nas eliminatórias. Venceu na última rodada o Equador, em casa, mas havia perdido nas duas anteriores. “Sem deixar de reconhecer a minha nacionalidade, também quero ser muito claro que minha ocupação está pura e exclusivamente com a minha equipe. As demais seleções têm o trabalho delas. Eu me ocupo apenas com o meu jogo com o Brasil”, afirmou. O Chile esteve presente nas duas últimas Copas e, apesar de ter conquistado duas Copas Américas seguidas (2015 e 2016), não estar na Rússia em 2018 abriria uma crise na seleção do país. “Sei o que vai se passar com qualquer uma das situações, faz parte do futebol. Estou preparado porque sempre fui equilibrado. Qualquer que seja o resultado, vou manter o equilíbrio”, finaliza.