Mudanças no setor de açúcar trazem emoções ao mercado, afirma banco
A safra mundial de açúcar de 2017/18 vai trazer muita emoção ao mercado. Várias cosias afetaram o setor nas últimas semanas, e ainda estão sendo analisados os efeitos delas. Entre elas, estão furação em países produtores na América Central e do Caribe, liberação de importações pela Índia a taxas menores e safras maiores em várias regiões. Além disso, houve alteração nas taxas de tributos nos combustíveis no Brasil. As informações são do Rabobank, instituição financeira dedicada ao setor de agronegócio. O banco prevê um superavit de 4,5 milhões de toneladas entre produção e consumo mundiais. O Brasil, líder mundial na produção de cana-de-açúcar e de açúcar, impôs novas taxas nos combustíveis, melhorando a paridade do etanol em relação à gasolina. O governo brasileiro impôs por dois anos uma taxa de 20% a todo etanol importado que superar 600 milhões de litros por ano. A União Europeia deverá produzir mais —podendo atingir 20,5 milhões de toneladas de açúcar em 2017/18. Com isso, pelo terceiro ano seguido, reduzirá as importações e poderá exportar mais. A moagem de cana na Austrália deverá ficar 7% abaixo da de 2016/17, mas a produtividade da cana deverá ser melhor. A China, tradicional importadora, também terá uma safra melhor, podendo atingir 11,5 milhões de toneladas, acima dos 10,5 milhões de 2016/17, segundo o banco. Nos Estados Unidos, os efeitos dos dois furacões que afetaram a região produtora de cana ainda estão sendo analisados. O mesmo ocorre nos países caribenhos. A conjugação desses efeitos vai refletir sobre os preços de mercado. Nesta terça-feira (3), o primeiro contrato esteve em 14,04 centavos de dólar por libra-peso em Nova York. * À espera – A Embrapa e o Ministério de Agricultura elaboraram uma lista com 20 pragas agrícolas que rondam o país. Se chegarem, poderão atacar culturas como milho, soja, mandioca, batata, arroz e várias frutas. Lista longa – Atualmente já são 500 pragas quarentenárias —entre fungos, insetos, bactérias, vírus, nematoides e plantas daninhas— que estão ausentes do país, segundo a Embrapa. A ameaça é constante. Mandioca – O clima quente e seco de setembro prejudicou a produção de mandioca. Com isso, a menor oferta da raiz fez o preço da tonelada subir para R$ 599 na semana terminada em 29 do mês passado. É o maior valor da série de preços do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Oferta – A seca fez com que a quantidade de matéria-prima processada recuasse 30% na última semana do mês passado, em relação ao período anterior. A ociosidade média da indústria esteve em 77% da capacidade instalada.