Relator inclui propaganda eleitoral paga na internet na reforma política
Apesar das recorrentes críticas sobre o alto custo das campanhas eleitorais, o relator da reforma política na Câmara dos Deputados, Vicente Cândido (PT-SP), incluiu em sua proposta a liberação da propaganda eleitoral paga na internet. No texto apresentado por Cândido, que já foi alterado várias vezes na discussão da atual reforma política, é permitido o chamado “impulsionamento de conteúdo”, que é o pagamento para que as postagens nas redes sociais alcancem um público maior. Por exemplo, o pagamento para que o Facebook mostre uma postagem de um candidato a mais seguidores do que normalmente mostraria. Apesar de Cândido ter retirado de seu texto algumas mudanças para beneficiar partidos e candidatos, várias outras ficaram. Entre elas condições mais generosas de parcelamento de multas eleitorais, com possibilidade de desconto de 90% do valor devido para o caso de pagamento à vista. Há ainda a proposta de antecipação de agosto para maio do período em que é permitida a arrecadação de dinheiro de campanha e teto para gasto. Em 2014, campanhas definiram seu gastos. A vencedora, Dilma Rousseff, declarou gasto de R$ 384 milhões, em valores atualizados para março de 2017. O teto proposto é de R$ 70 milhões para candidato a presidente. Com apoio de integrantes do Tribunal Superior Eleitoral, Vicente Cândido também incluiu em seu relatório artigo empurrando para 2022 a exigência de impressão do voto eletrônico, o que começaria já em 2018.