BNDES precisará de fontes alternativas para pagar Tesouro, diz diretor

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai precisar de fontes adicionais de recursos se devolver antecipadamente no próximo ano os R$ 180 bilhões cobrados pela União, afirmou nesta terça-feira (3) o diretor da área de crédito da instituição de fomento, Carlos Alexandre Jorge da Costa. “Temos recursos em caixa, mas a maior parte já está comprometida em financiamentos”, disse Costa durante evento da área telecomunicações em São Paulo. “[Para a devolução dos] R$ 180 bilhões precisaremos de fontes alternativas de recursos para o banco”, disse Costa, reafirmando o papel do BNDES de apoiar o crescimento econômico do país. Ele afirmou que o banco está estudando captações nos mercados doméstico e externo de recursos para 2018, mas não deu detalhes. “As receitas do governo vem dos setores produtivos. Se não houver crescimento, não haverá corte de despesas que sustente o equilíbrio econômico no longo prazo”, afirmou o diretor. Questionado sobre a crise da operadora Oi, da qual o BNDES é um dos 55 mil credores e cujo vice-presidente financeiro renunciou na véspera, Costa não se manifestou.