Fusões envolvendo empresas brasileiras crescem 29% até setembro

Os anúncios de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras movimentaram US$ 49,4 bilhões (R$ 15,5 bilhões) nos primeiros nove meses de 2017, um crescimento de 29,3% ante mesmo período de 2016, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (2) pela Thomson Reuters. De acordo com o Emerging Markets M&A Review, o segmento de matérias-primas liderou o movimento, respondendo por cerca de 49% do total, seguido por energia (15%), consumo (14%) e indústria (7%). O volume financeiro foi fortemente influenciado pela operação da Vale, que no começo do ano anunciou reestruturação societária envolvendo conversão de ações preferenciais em ordinárias, numa operação avaliada em cerca de US$ 21 bilhões (R$ 66,4 bilhões). Em número de operações foram registrados 431 negócios de janeiro a setembro, queda de 6,9% ante o total de transações nos primeiros nove meses de 2016, segundo o levantamento. O período de julho a setembro envolveu anúncios de operações como a compra da usina hidrelétrica de São Simão, que era da Cemig, pela chinesa State Power, pelo equivalente a US$ 2,3 bilhões (R$ 7,3 bilhões), e a compra da Alpargatas, da JBS, por um consórcio incluindo sócios do Itaú Unibanco, por cerca de R$ 1,1 bilhão de reais. Em operações completadas, o volume financeiro dos primeiros nove meses de 2017 foi de US$ 55,4 bilhões (R$ 17,1 bilhões), um salto de 133,6% ante igual período do ano passado.