São Paulo enfrenta luta mais equilibrada contra rebaixamento

O São Paulo está envolvido na luta contra o rebaixamento mais equilibrada do Brasileiro seu atual formato, aplicado desde 2006. Apenas cinco pontos separam o penúltimo colocado (Coritiba) do nono (Vasco). São 11 times nesse bloco, com três vagas na zona de rebaixamento para se evitar. Com 25 rodadas disputadas, a tabela do campeonato nunca acomodou uma distância tão pequena entre essas 11 posições. Neste domingo (1º), o São Paulo, que está em 17º, enfrenta o Sport, o 14º, no Morumbi, em mais um confronto direto. Só dois pontos os separam. Dessa forma, se vencer, ultrapassa o adversário recifense e deixa a zona de descenso. Em caso de resultado positivo, por maior que seja o alívio momentâneo especialmente antes de pausa para as eliminatórias, o achatamento na tabela ainda pode reservar armadilhas à equipe. Há, hoje, várias portas para sair da zona de rebaixamento. Mas essas mesmas portas estarão abertas para seus concorrentes na rodada seguinte. “Quanto mais nos afastarmos desse grupo, melhor. A diferença é pouca e, a cada rodada, ela se estreita”, afirmou o técnico Dorival Júnior. Lanterna, o Atlético-GO se vê em situação complicada, com sete pontos de desvantagem para o Vitória, o 16º. De resto, o equilíbrio é tamanho que essa distância de cinco pontos pode separar um time endereçado à Libertadores e outro que vai à Série B. Essa conjuntura extrema aconteceria em caso de títulos brasileiros na Libertadores e na Sul-Americana e se o Cruzeiro, campeão da Copa do Brasil, continuar entre os seis primeiros colocados. Seria formado, assim, um G-9. Não que Dorival queira ouvir falar em vaga em competições continentais quando seu time já completou 13 rodadas na zona de descenso. “Agora a preocupação é a parte baixa da tabela. Temos de ser realistas. A prioridade é sair da zona de rebaixamento. Depois, se afastar dessa briga. Libertadores? Não podemos nos dar ao direito de pensar nisso”, disse. Em meio a tantas dúvidas que cercam a equipe, o certo é que ela terá muitas chances para se livrar dessa enrascada. Depois do Sport, serão mais seis jogos contra times posicionados nessa faixa de equilíbrio: Atlético-MG, Fluminense, Chapecoense, Vasco, Coritiba e Bahia. Antes de bater o Vitória pela 23ª rodada, o São Paulo havia perdido muitos pontos contra concorrentes diretos, com derrotas para Atlético-MG, Bahia, Chapecoense, Coritiba e Ponte Preta. “Quando você faz um esforço e não sai, acaba minando o trabalho. Mas estamos motivados”, disse Dorival. Disputa contra o rebaixamento no Brasileiro – Nunca houve tanto equilíbrio após 25 rodadas do campeonato ADEUS AO MORUMBI O São Paulo diz até breve para o Morumbi neste domingo. Concluídos os 90 minutos contra o Sport, o time vai adotar o Pacaembu em seus próximos cinco jogos como anfitrião, devido a shows internacionais em seu estádio. O Morumbi, de todo modo, não tem sido o diferencial costumeiro da equipe neste ano. Embora a torcida venha comparecendo em massa, registrando os quatro melhores públicos do Brasileiro, muitos pontos escaparam em casa. Na atual edição, o time só ganhou 55,5% dos pontos como mandante. Seu segundo pior aproveitamento na era dos pontos corridos, apenas superando o de 2013 (47,1%). Na ocasião, também foi ameaçado de rebaixamento. O São Paulo só voltará a jogar no Morumbi pela última rodada, contra o Bahia, em 3 de dezembro. NA TV 16h – São Paulo x Sport Pay-per-view