São Paulo arranca vitória em Salvador mas fica na zona do rebaixamento
Mais uma vez, o São Paulo abriu 2 a 0, tomou um gol e se desesperou. Mas, desta vez, conseguiu ganhar três pontos em um confronto direto com um rival na luta contra o rebaixamento, o Vitória. Enredo semelhante –com final diferente– do vivido há uma semana, contra a Ponte Preta no Morumbi, quando o time dirigido por Dorival Júnior também abriu 2 a 0, mas tomou um gol e, muito inseguro, cedeu o empate. Apesar de vencer o Vitória em Salvador por 2 a 1, o time não saiu da zona de rebaixamento. Isso porque a Chapecoense bateu time misto do Grêmio por 1 a 0, fora de casa. O jogo no Barradão era um encontro de campanhas ruins. O São Paulo fez 13 jogos fora de casa no Brasileiro. A vitória deste domingo (17) foi apenas a segunda do time tricolor como visitante. Antes, ganhou do Botafogo no Rio. O Vitória, também na zona de rebaixamento, tem oito derrotas em casa. O pior desempenho como mandante. Penúltimo colocado antes de a rodada começar, o São Paulo entrou muito pressionado em campo. Outros concorrentes diretos na briga contra a queda para a Série B, como Atlético-GO e Avaí, já tinham somado pontos. Sem Jucilei, suspenso por causa da expulsão contra a Ponte Preta, o meio-campo titular do São Paulo teve Petros, Gómez, Lucas Fernandes, Hernanes e Marcos Guilherme. Pratto, que completou oito jogos sem balançar as redes adversárias, era a referência do ataque do time. Depois de um primeiro tempo equilibrado, com poucos lances de área dos dois lados, o São Paulo voltou do intervalo com o meia Cueva no lugar de Jonathan Gómez. O primeiro gol do jogo saiu aos 7 min do segundo tempo. Militão, que vem jogando na lateral direita, escorou de cabeça escanteio cobrado por Cueva e fez o seu primeiro gol pelo time principal. O segundo também saiu de bola parada. Cueva bateu escanteio, Fillipe Soutto, do Vitória, desviou e a bola entrou. O árbitro deu gol olímpico para o meia peruano. Cueva, que virou reserva após mostrar pouco empenho em campo, além de ter sido o responsável pelos dois cruzamentos que originaram os gols do São Paulo, armou algumas das melhores jogadas do time na etapa final. Mesmo fora de casa, o São Paulo controlou mais a bola. Teve 54% de posse. O time, porém, tomou um gol aos 45 min do segundo tempo e passou 4 minutos de desespero. A defesa, que voltou a ser vazada –agora são 36 gols sofridos em 24 jogos do torneio–, ficou insegura, mas conseguiu segurar o a vantagem no placar. Desde que Dorival substituiu Rogério Ceni no comando do time foram 12 jogos. A defesa apenas não tomou gols na vitória contra o Vasco, por 1 a 0, no Morumbi. Em números de gols tomados, o desempenho do São Paulo só é melhor do que o Atlético-GO. A defesa do time do Centro-Oeste sofreu até agora 38 gols em 24 rodadas. O São Paulo agora ocupa a 17ª posição e vai precisar somar pontos no clássico contra o Corinthians, no domingo (24), às 11h, no Morumbi, para, dependendo dos outros resultados, sair das últimas quatro posições da tabela.