Soja: Porto de Rio Grande tem alta de 0,36% no produto futuro, apesar de queda do dólar e CBOT

Na sessão desta quarta-feira (3), o mercado da soja na Bolsa de Chicago voltou a recuar depois dos bons ganhos registrados no pregão anterior e, por volta de 12h50 (horário de Brasília), os principais vencimentos perdiam de 3,75 a 4,50 pontos, com o maio/16, referência para a safra brasileira, cotado a US$ 8,84 por bushel.
No Brasil, as referências para os preços da soja também são limitadas. Em Rio Grande, indicativo somente para o produto da nova safra que, apesar de uma nova baixa do dólar frente ao real hoje, sobe novamente – 0,36% – e passa a ser cotada em R$ 82,50 por saca. A moeda norte-americana, por volta das 13h30, perdia 0,57% e era cotada a R$ 3,96.
Os produtores brasileiros, depois de venderem mais de 50% da safra antecipadamente, se focam agora na colheita, principalmente, por conta de algumas adversidades climáticas que ainda são registradas e deixam mais lento o ritmo dos trabalhos. Dessa forma, os negócios ainda estão caminhando a passos pequeninos, sem evoluir muito em relação às últimas semanas. Para os analistas, essa cautela adotada pelos sojicultores, nesse momento, é uma boa estratégia diante dessa pouca movimentação das cotações, mas também de algumas incertezas que ainda cercam os negócios.
Bolsa de Chicago
O andamento dos preços na CBOT contam com alguns fundamentos positivos, porém, seus impactos são pontuais e momentâneos, o que impede que os ganhos que venham a ser registrados se mantenham e continuem.

Assim, como explicam analistas, o movimento é bastante técnico nesta quarta, com uma realização de lucros, depois que os preços registraram, nesta terça-feira (2), os valores mais altos desde dezembro. As cotações seguem caminhando de lado. E isso faz ainda com que a influência do cenário macro, ou seja, as notícias que chegam do mercado financeiro global, ampliem sua influência sobre as cotações.
Além disso, contribui para a estabilidade do mercado a ausência da China nos próximos dias, já que de 7 a 13 de fevereiro se comemora no país a chegada do Ano Novo Lunar e o país não deve entrar tão agressivamente nas compras nesse período. Esse o feriado mais importante da nação asiática.
Quanto ao clima na América do Sul, o destaque ainda está na Argentina, onde boa parte das regiões produtoras sofrem com adversidades climáticas. Faltam chuvas há mais de 15 dias e o cinturão produtivo é castigado ainda por uma onda de calor, o que tem resultado em uma redução das reservas hídricas do solo.
Leia mais:
>> Onda de calor e falta de chuvas castiga safra de grãos da Argentina