O papa Francisco convocou neste sábado (2) uma comissão de líderes religiosos sul-coreanos para promover a reconciliação no cenário de violência e medo que marca a tensão na península da Coreia. Representantes de várias religiões conheceram o pontífice argentino no Vaticano e ouviram um mensagem em que Francisco declarou que o trabalho deve começar por “arregaçar as mangas”. “Os líderes religiosos são… chamados a iniciar, promover e acompanhar processos de bem-estar e reconciliação de todas as pessoas”, disse Francisco à delegação de 20 pessoas. “Somos chamados a ser arautos da paz, proclamando e incorporando um estilo não violento, um estilo de paz, com palavras claramente diferentes da narrativa do medo e com gestos opostos à retórica do ódio.” A Coreia do Sul está tecnicamente em guerra com a Coreia do Norte, que regularmente ameaça destruir o país vizinho e também seu principal aliado, os EUA. A Coreia do Norte aumentou as tensões na região na semana passada com o lançamento de um míssil balístico de alcance intermediário que voou sobre o Japão e caiu no oceano Pacífico. Em resposta, os EUA e a Coreia do Sul concordaram em revisar um tratado que limita o desenvolvimento de mísseis balísticos –medida que ajudaria os sul-coreanos a aumentar suas defesas. Alguns dos líderes visitantes, que incluíam um budista, usavam trajes religiosos tradicionais. O Vaticano não informou quais outras religiões estavam representadas na reunião.