Trump receberá sentença no dia 10 de janeiro em caso de pagamentos a ex-atriz pornô, mas não deve ir para a prisão

Trump: 'Brasil cobra caro, e vamos fazer o mesmo'

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Um juiz de Nova York ordenou que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, seja sentenciado no próximo dia 10 de janeiro pelo caso em que ele foi considerado culpado por ocultar pagamentos a uma ex-estrela pornô.

Na decisão publicada nesta sexta-feira (3), porém, Juan Merchan indica que Trump não deve ser condenado à prisão.

Trump deve participar da audiência de forma presencial ou virtual, segundo a decisão.

A defesa do republicano havia argumentado que ele tinha imunidade por ser presidente dos Estados Unidos, mas teve o recurso negado.

A condenação fez com que Trump se tornasse o primeiro ex-presidente condenado por um delito criminal.

Isso porque uma sentença contra Trump poderia prejudicar o trabalho dele durante o próximo mandato como presidente, segundo as autoridades.

No mês passado, Merchan adiou indefinidamente a sentença de Trump, que havia sido agendada para 26 de novembro.

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A condenação

Manchete do jornal "The New York Times" após condenação de Donald Trump no caso Stormy Daniels. — Foto: REUTERS/Stephani Spindel

Manchete do jornal “The New York Times” após condenação de Donald Trump no caso Stormy Daniels. — Foto: REUTERS/Stephani Spindel

A decisão do júri, anunciada num tribunal de Nova York em maio, foi unânime. Trump foi declarado culpado em todas as 34 acusações pelos 12 integrantes do colegiado.

O caso gira em torno de como Trump contabilizou o reembolso feito ao seu advogado pessoal pelo pagamento a Stormy Daniels.

O advogado, Michael Cohen, adiantou o dinheiro à atriz com recursos próprios e recuperou o valor mais tarde, por meio de uma série de pagamentos que a empresa de Trump registrou como despesas legais. Trump, que já estava na Casa Branca, assinou a maioria dos cheques pessoalmente.

Os promotores afirmaram que tudo foi feito para ocultar o verdadeiro propósito dos pagamentos. O objetivo seria evitar que eleitores soubessem que o republicano tinha se envolvido com uma atriz pornô, o que poderia prejudicar Trump nas eleições de 2016.

O presidente eleito disse que o advogado dele foi pago legalmente pelos serviços prestados. Ele justificou ainda que a história de Stormy Daniels foi abafada para evitar constranger sua família, e não para influenciar o eleitorado.

Pouco mais de um mês após o veredito, a Suprema Corte decidiu que ex-presidentes não podem ser processados por ações realizadas no curso de sua administração, e que os promotores não podem usar essas ações como base para um caso centrado em conduta puramente pessoal.

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