Soja: Mercado segue atuando com estabilidade na CBOT, mas procura manter tom positivo nesta 6ª
Os futuros da soja, nesta sexta-feira (10), seguem operando com estabilidade na Bolsa de Chicago. Frente ao feriado e à espera do novo reporte mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz na próxima segunda-feira, 12 de setembro, os traders buscam encontrar um bom posicionamento e acabam atuando com um pouco mais de cautela.
Assim, por volta das 13h40 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa subiam entre 0,50 e 3 pontos nos principais vencimentos. Assim, o primeiro vencimento – setembro/16 – era negociado a US$ 9,95, enquanto o novembro/16, o mais negociado do momento e referência para a nova safra americana, valia US$ 9,77 por bushel.
As expectativas para o próximo relatório do departamento americano começam a indicar que a produção dos EUA possa superar as 112 milhões de toneladas nesta temporada, contra o último número apresentado em agosto de 110 milhões.
“E isso dificulta avanços em Chicago, que até vieram e levaram os preços a tentar os US$ 10,00 para o spot (setembro) nesta quinta-feira, mas não conseguiram, já que vieram as liquidações técnicas em busca de lucro”, epxlica Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.
Dessa forma, no curto prazo, o mercado internacional segue atento aos números que chegam no início da próxima semana para se movimentar e, até que cheguem, as oscilações, ainda segundo analistas e consultores, deverão permanecer limitadas. E, por outro lado, os estoques americanos poderiam ser reduzidos e também promover uma retomada das cotações, caso essa perspectiva se confirme com a chegada dos dados atualizados.
Ainda nesta sexta-feira, o boletim semanal de vendas para exportação do USDA trouxeram mais um novo fator de suporte para as cotações da soja na CBOT com números bastante expressivos e bem acima das expectativas.
Na semana encerrada em 1º de setembro, as vendas americanas de soja em grão somaram 1.776,8 milhão de toneladas, contra projeções de 1 milhão a 1,2 milhão de toneladas. Assim, o acumulado na temporada, já se mostra 40% maior do que o registrado no mesmo período do ano comercial anterior. A principal compradora, mais uma vez, foi a China.
Paralelamente, as informações de demanda, do dólar e também das condições para o início da nova safra da América do Sul, especialmente a do Brasil, também continuarão presentes e ganhando cada vez mais espaço no radar dos traders internacionais.