Soja: Mercado observa demanda forte com números do USDA, mas mantém estabilidade na CBOT
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu novo reporte semanal de vendas para exportação e, mais uma vez, os números da soja surpreenderam e superaram as expectativas do mercado, reforçando a força da demanda pela oleaginosa norte-americana neste momento.
Os EUA venderam 2.574,1 milhões de toneladas de soja em grão – a maior parte para a China -, contra um intervalo esperado pelo mercado de 1,25 milhão a 1,6 milhão de toneladas. E assim, o acumulado na temporada chega a 36.126,4 milhões de toneladas, contra 27.802,1 milhões do mesmo período da anterior. Assim, as vendas da safra presente já são 24% maiores.
Entretanto, a reação das cotações na Bolsa de Chicago foram tímidas diante dos dados e o mercado manteve sua estabilidade na sessão de hoje. Os futuros da oleaginosa, por volta das 10h45 (horário de Brasília), subiam apenas pouco mais de 2 pontos, com apenas o contrato maio/17 – referência para a safra do Brasil – acima dos US$ 10,00 por bushel.
“Sim, os estoques podem subir no reporte deste mês, mas eu acredito que eles (o mercado) também precisa saber que a demanda está subindo, especialmente considerando os dados de esmagamento e exportações”, explica Mike Zuzolo, analista da internacional Global Commodity Analytics em entrevista ao Agrimoney sobre a atual força e presença intensa da demanda no mercado.
Ao mesmo tempo, segundo explicam analistas internacionais, os traders – que já conhecem esse potencial da demanda – se atentam ainda à conclusão da safra americana – o que veio pressionando as cotações nos últimos dias com o bom avanço da colheita nos EUA – e também já começam a refletir as especulações sobre o novo boletim mensal de oferta e demanda que o USDA traz na quarta-feira próxima, 9 de novembro.
Veja como fechou o mercado nesta quarta-feira:
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