Dólar abre em baixa em dia marcado por Caged e números da Petrobras e da Nvidia
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/R/L/9pGXOhQjWMbLFeAbXt6w/2025-01-22t173936z-1-lynxnpel0l0qj-rtroptp-4-fluxo-cambial-semanal.jpg)
Notas de dólar. — Foto: Dado Ruvic/ Reuters
Notas de dólar. — Foto: Dado Ruvic/ Reuters
O dólar abriu em baixa nesta quarta-feira (26), com investidores na expectativa por números que serão divulgados apenas mais tarde. No cenário econômico, destaque para dados do mercado de trabalho brasileiro. Já no noticiário corporativo, as atenções ficam com os resultados financeiros da Petrobras, no Brasil, e da fabricante de chips Nvidia, nos Estados Unidos.
Hoje, o Ministério do Trabalho divulga o Índice de Evolução de Emprego do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes a janeiro. Números do mercado de trabalho são importantes para avaliar a trajetória da inflação e dos juros do país.
Além disso, investidores aguardam a divulgação do balanço corporativo referente ao quarto trimestre de 2024 da Petrobras, a empresa mais valiosa do Brasil e segunda maior de toda a América Latina.
No mesmo sentido, no cenário internacional o destaque fica com a Nvidia, uma das maiores empresas do mundo na atualidade.
A fabricante de chips para uso, sobretudo, de projetos com inteligência artificial foi uma das principais responsáveis por impulsionar o mercado norte-americano no último ano e seus números são observados com atenção porque um resultado ruim pode afastar muitos investidores e provocar uma queda generalizada.
Veja abaixo o resumo dos mercados.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,01%%, cotada a R$ 5,7547.
Com o resultado, acumulou:
- alta de 0,42% na semana;
- recuo de 1,41% no mês; e
- perdas de 6,88% no ano.
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice teve alta de 0,46%, aos 125.980 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
- queda de 0,90% na semana;
- perdas de 0,12% no mês;
- alta de 4,74% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
A manhã desta quarta no mercado é marcada por um ambiente de mais calma, enquanto investidores aguardam pelas divulgações previstas para este pregão.
Além da espera pelos números, as preocupações com a inflação e com o quadro fiscal brasileiro continuam no radar dos investidores, que repercutem o noticiário dos últimos dias.
Segundo o IBGE, o IPCA-15, que é a prévia da inflação oficial, registrou um aumento de 1,23% dos preços em fevereiro. Apesar de o índice ter vindo abaixo do esperado pelo mercado (1,34%), o número ainda representa uma forte aceleração em relação a janeiro (0,11%).
Além disso, com o resultado, o IPCA-15 passou a acumular uma alta de 4,96% em 12 meses, bem acima da meta do Banco Central do Brasil (BC), que é de 3% e tem um intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.
De acordo com a economista-chefe da B.Side investimentos, Helena Veronese, o resultado mostra uma pressão de fatores sazonais já esperados pelo mercado, mas ainda indica uma continuidade no ciclo de alta da taxa básica de juros (Selic) do país.
“O que o dado nos mostra é que 15% parece de fato um valor razoável para a Selic de fim do ciclo. Além disso, se os movimentos de queda de alimentos continuarem e se não houver grandes preocupações adicionais com o fiscal, é possível que em algum momento do segundo semestre já se comece a discutir o início dos cortes na taxa de juros”, afirmou a economista em nota oficial.
Lula também falou, recentemente, sobre sua intenção de baixar o preço dos alimentos e sobre enxergar um crescimento melhor do que o esperado para a economia.
Já o Haddad afirmou, na véspera, que “não existe um ajuste fiscal possível” caso a economia não cresça, destacando que os desafios fiscais e a necessidade de investimentos públicos não serão resolvidos apenas com o arcabouço fiscal.
Haddad também afirmou ser “politicamente difícil” corrigir desequilíbrios fiscais, reforçando que a determinação do presidente Lula é que a equipe econômica encontre o equilíbrio das contas públicas sem penalizar a população mais pobre.