“O sr. Zelensky é um ditador? Eu disse isso? Não acredito que eu disse isso”, ele respondeu, em tom de brincadeira, segundo quem estava no local.

A fala ocorreu no Salão Oval, onde o presidente americano recebe em visita oficial o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer.

Naquele momento, o presidente ucraniano havia rejeitado um acordo proposto por Trump para trocar terras ricas em minerais pelo apoio dos Estados Unidos na guerra contra a Rússia. Zelensky acusou Trump de exigir US$ 500 bilhões em riquezas da Ucrânia em troca de apoio de Washington. O presidente ucraniano afirmou ainda que não poderia vender o próprio país.

A resposta de Trump veio com ofensas e pressão para que Zelensky aceitasse as condições impostas.

“Um ditador sem eleições. É melhor que Zelensky aja rapidamente ou não restará a ele um país. Enquanto isso, estamos negociando com sucesso o fim da guerra com a Rússia, algo que todos admitem que somente Trump e sua administração podem fazer”, postou o presidente americano.

No dia 21, Trump voltou a subir o tom e disse acreditar que não era importante que os ucranianos se sentassem à mesa para discutir um acordo de paz na guerra com a Rússia. Dias antes, autoridades dos Estados Unidos e da Rússia haviam se reunido na Arábia Saudita para discutir o fim da guerra. A Ucrânia afirmou ter sido excluída do encontro.

Na última quarta-feira (26), porém, o tom do presidente americano mudou: ele afirma agora que Zelensky se comprometeu a assinar o acordo com os EUA para a concessão de exploração de recursos minerais: “Vamos recuperar nosso dinheiro”, disse Trump durante a primeira reunião ministerial de seu governo.