AGResources: Fundos mudam para posição comprada com queda da produtividade nos EUA
Os relatos de campo no corn bealt norte-americano continuam trazendo produtividades da soja bem abaixo dos últimos 2 anos. As lavouras plantadas com soja tardia (nas regiões mais ao norte do Cinturão Agrícola) trazem números surpreendentemente baixos.
No entanto, ainda é preciso mais tempo e mais soja colhida para determinar se a queda na produtividade é uma tendência clara. Mas os relatos desta semana já conseguiram frear parte dos “baixistas do mercado”.
Os preços no mercado físico norte-americano, mais específicamente nas regiões centrais do Cinturão, começam a reagir à chegada das chuvas e a melhora dos níveis de água das vias fluviais de escoamento de grãos. Os estoques do grão, agora são reduzidos gradativamente com a volta do fluxo de balsas com mais intensidade.
Os fundos de investimento assumem mais posições compradas líquidas no mercado da soja, justificando as novas e recentes altas do mercado da soja.
Também as projeções climáticas para o Centro Oeste do Brasil colocam preocupações no mercado, diante do atraso no início do plantio, principalmente sobre Mato Grosso e Goiás.
A rodada de chuvas expressivas sobre o Centro do Brasil no último fim de semana agora dá lugar para um período de precipitações abaixo da média e temperaturas mais quentes que o normal.
No Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, pancadas fortes de chuvas atingiram os três Estados neste fim de semana, com índices pluviométricos acumulados alcançando até 100mm.
Essa é outra dificuldade para esta safra, pois no Sul já existem regiões com problemas de saturação hídrica — e que poderão ser acentuadas na próxima semana, principalmente sobre o Rio Grande do Sul, que possui previsões de chuvas intensas e constantes durante os próximos 15 dias