Movimento dos fundos
O Mercado aqui em Chicago nesta segunda-feira (18) até apresentou cotações da soja no positivo, no entanto foi pressionado logo na seguida da abertura da sessão diurna. O contrato soja-janeiro tem testado o ponto técnico de $9,58, com os preços do farelo despencando com um excessivo empilhamento de posições especulativas neste derivado de soja. Fundos estão virtualmente sem nenhuma inércia para compra ou venda na soja e óleo de soja, no entanto ainda são detentores de uma gigantesca quantidade de contratos vendidos no milho e trigo. A pesquisa da ARC sugere que tais posições vendidas do milho e trigo deverão causar um movimento de recuperação intenso quando os fundos engatilharem a cobertura de tais contratos, em outras palavras, deverão comprar o mercado. Esta tendência de reversão deverá trazer suporte para todo o piso da Bolsa de Chicago, afetando, inclusive, as cotações da soja. Todo este movimento possui um forte viés de ser presente ainda nestas últimas 8 sessões que antecedem o fim do ano.

Clima – América do Sul
Chuvas expressivas foram presentes sobre grande parte do leste e norte da Argentina neste último fim de semana. Índices pluviométricos de 10-50mm cobriram quase 65% da área sojicultora do país. No entanto, as previsões para os próximos 15 dias trazem pontos de preocupação. As chuvas mais expressivas vêm se concentrando sobre o norte da Argentina, deixando o Centro e Leste do país sem novas rodadas de precipitações significantes, neste fim de 2017. A confirmação deste padrão poderá trazer pontos de alerta para o mercado. No Brasil, as chuvas parecem se regularizar, com rodadas consecutivas a cada 5 dias com índices pluviométricos acima dos 20mm previstos para estas próximas duas semanas, por todo o país. A região do Extremo Sul do Brasil ainda poderá presenciar um padrão mais árido, semelhando ao leste da Argentina.