Ainda tímida, soja passa para o lado positivo da tabela em Chicago; preços estáveis no BR

Nesta segunda-feira (27), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago continuam caminhando de lado, mantendo sua tendência de lateralização e à espera de novidades que possam movimentar as cotações. A commodity, por volta de 12h50 (horário de Brasília), passava a atuar do lado positivo da tabela e trabalhava com pequenos ganhos de pouco mais de 1 ponto, com o maio/18 valendo US$ 10,16 por bushel.
Os traders não desviam seus olhares do clima na América do Sul e, portanto, do desenrolar da safra 2017/18.
Na Argentina, o final de semana foi de algumas chuvas em zonas específicas de produção, mas ainda mostrando pouca abrangência e regularidade.
“Chuvas na sexta-feira passada em alguns pontos importantes da Argentina como as províncias de Santa Fé, Córdoba e Entre Rios, com índices variando de 5 a 20 mm e em alguns pontos acima, porém com boas previsões de chuvas a partir de quarta-feira até o próximo final de semana com índices de 10 a 50 mm cobrindo 60/65% das áreas de produção”, mostram informações apuradas pela Labhoro Corretora.

E a nação precisa da confirmação dessa e de mais precipitações para recompor sua umidade no solo e permitir a retomada dos trabalhos de campo de forma adequada.
“As previsões para o Brasil são favoráveis ao desenvolvimento das lavouras e para a conclusão e término do plantio”, completa a Labhoro.
Segundo os últimos números da agência Safras & Mercado, o plantio brasileiro já foi concluído em 81,1% da área, contra 84,9% da mesma data do ano passado e 80,7% de média histórica.
Assim, com a pouca movimentação observada em Chicago, e a leve baixa registrada pelo dólar frente ao real, os indicativos nos portos também não sinalizavam grandes mudanças. Enquanto a moeda americana perdia, por volta de 13h, 0,48% para R$ 3,217, a soja disponível tinha ainda entre R$ 73,50 e R$ 74,50 por saca em Paranaguá.
“O governo tenta votar o tema (reforma previdenciária) na semana que vem em meio a protestos… A Câmara tem apenas três semanas para tentar aprovar, além da reforma da Previdência, as MPs mais urgentes”, afirmou a Correparti Corretora em relatório, segundo informações da agência de notícias Reuters.