Ataques a tiros estão se tornando cada vez mais mortíferos nos EUA
O homicídio em massa em Las Vegas, na noite de domingo, foi o maior na história moderna dos Estados Unidos. A polícia acredita que Stephen Paddock tenha atirado indiscriminadamente contra os espectadores de um show de música country, da janela de seu hotel, matando dezenas de pessoas e ferindo outras centenas. Se a sensação é a de que o titulo de mais mortífero caso de homicídio em massa da história moderna dos Estados Unidos acaba de mudar de mãos de novo, é porque foi isso mesmo que aconteceu. Cerca de 16 meses atrás, Omar Mateen matou 49 pessoas na casa noturna Pulse, em Orlando, Flórida, depois de prometer lealdade ao Estado Islâmico. Antes disso, o recorde cabia ao homicídio em massa na universidade Virgínia Tech, em 2007, com a morte de 32 pessoas. É evidente que cada novo “homicídio em massa mais mortífero” envolverá número maior de vítimas do que o precedente. De 1949 a 1991, porém, o número de vítimas dos incidentes que detiveram o recorde cresceu em apenas nove. O ataque na Virgínia Tech envolveu mais que o dobro de mortes do que o realizado em Camden em 1949. O ataque em Orlando elevou o recorde em 17 vítimas. Ainda não se sabe qual será o total final de vítimas fatais em Las Vegas, mas ele já é duas vezes mais alto do que o do incidente que detinha o recorde 11 anos atrás. Que o mais recente incidente a estabelecer um novo recorde tenha ocorrido apenas 16 meses meses depois do precedente pode ser apenas uma coincidência sombria: o número de incidentes é pequeno demais para que seja possível determinar um padrão quanto a isso. Mas o fato de que o próximo incidente a ser descrito como o maior homicídio em massa da história dos Estados Unidos envolverá mais de 58 mortes é apenas ligeiramente menos alarmante do que a quase certeza de que haverá um próximo incidente.