Boletim Focus: mercado eleva expectativa de inflação em 2024 para 4,5%, no limite da meta

O mercado financeiro elevou a expectativa de inflação para 4,5% em 2024 –no limite da meta estabelecida pelo governo. Os dados constam no “Boletim Focus” do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (21).

Na última semana, os economistas previam uma inflação de 4,39% no ano. A alta nesta segunda (21) segue a trajetória de aumento das expectativas do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo mercado financeiro.

A meta do governo para a inflação em 2024 é de 3%, podendo variar 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Dessa forma, a estimativa de 4,5% está no limite da meta.

Análise: O que esperar da inflação no Brasil? 

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O Boletim Focus é um relatório do Banco Central, que divulga as expectativas das instituições financeiras para os principais indicadores do mercado, como inflação e crescimento econômico.

O Banco Central usa a taxa básica de juros da economia, a Selic, como um instrumento para calibrar a inflação. Com uma tendência de alta nos preços, os juros também tendem a aumentar.

No relatório desta segunda-feira (21), os economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa de juros em 11,75% ao fim de 2024.

Hoje, a Selic está em 10,75%. No início de novembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para deliberar sobre a taxa de juros.

Demais indicadores

O mercado financeiro também elevou a estimativa de crescimento econômico neste ano, de 3,01% para 3,05% de alta no Produto Interno Bruto (PIB ).

Veja os demais indicadores:

  • Câmbio: o dólar deve fechar 2024 a R$ 5,42, segundo o relatório do BC. Na semana passada, a expectativa era de R$ 5,40;
  • Balança comercial: o saldo entre exportações e importações deve ficar positivo em US$ 78 bilhões no ano. Contudo, houve uma redução nas expectativas: na semana passada, a previsão era de US$ 80 bilhões;
  • Investimento estrangeiro: já a entrada de investimento estrangeiro no país deve ser de US$ 72 bilhões — alta de R$ 1,5 bilhão em relação à semana passada.