Dadaísmo é tema do 15º volume da coleção Folha O Mundo da Arte

Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), as vibrantes cidades europeias perderam abruptamente o privilégio de ter obras e artistas circulando pelos seus grandes centros. Os membros da elite intelectual que não foram à guerra e os sobreviventes que voltaram das frentes de batalha se encarregaram de criar uma tempestade chamada dadaísmo. O movimento, que se diferenciou dos demais por se firmar como uma atitude de vida, é tema do 15º exemplar da Coleção Folha O Mundo da Arte. O livro estará disponível nas bancas no domingo (24). O dada –que inicialmente negou o “ismo” para não ser confundido com mais um estilo artístico– surgiu nos primeiros anos da guerra e contra ela. “Se a guerra era uma consequência lógica do processo científico e tecnológico promovido pelo capitalismo, era necessário romper esse fluxo”, escreve a autora Victoria Charles. O rompimento abriu caminho para a liberdade expressiva sem medir consequências. Não importava o conhecimento técnico, mas a atitude e a intenção do artista. Assim, festas, concertos, saraus, publicações em periódicos e reuniões se tornaram também manifestações artísticas interdisciplinares, em que arte e vida se confundiam. Entre os principais colaboradores do movimento estão Max Ernst, Francis Picabia, Man Ray, Marcel Duchamp, Hans Arp e Sophie Taeuber-Arp.