Diário de Viagem Argentina 2018: Chuvas dos próximos dias devem definir número final da safra de soja argentina

Por Ginaldo Sousa
Concluímos o nosso Crop Tour pela Argentina. Foram 3 mil km percorridos por lavouras nas províncias de Buenos Aires, Santa Fe, Córdoba e La Pampa. Neste quinto dia, saímos de Rosario, onde fizemos uma visita à Bolsa de Comércio local. Lá estivemos reunidos com dois analistas que nos reportaram suas preocupações com a safra, cuja estimativa é da ordem de 52 milhões de toneladas. Na próxima quarta-feira a Bolsa divulgará uma nova estimativa, para a qual nos deram a entender que irão reduzir este número devido à falta de chuvas recentemente e também pelos índices baixos desde novembro até agora. Saímos de Rosario em direção a Pergamino. No extremo sul de Santa Fe, as lavouras estão fracas, com solo muito seco e necessitando urgentemente de chuvas. No extremo norte da província de Buenos Aires a situação é a mesma. Estas são as duas piores áreas que presenciamos, muito parecidas com a área central de La Pampa. De Pergamino seguimos em direção ao Sul e logo depois de 30km já voltamos a ter lavouras boas – e assim foi, até Junin. Em Junin pegamos a Rodovia 7 em direção à Cidade Autônoma de Buenos Aires e por mais 270km encontramos lavouras boas, no mesmo porte que o centro e norte de Santa Fe. Em um resumo final, dá para se dizer o seguinte: se chover de uma maneira geral nos próximos cinco dias, a safra Argentina não será menor do que de 54 milhões de toneladas. Porém, se não chover e o clima continuar irregular e seco como tem sido até o momento, a safra deve ser menor ou próxima que 50 milhões de toneladas.
Primeira parada – Pavón Arriba, Santa Fe

Segunda parada – Bolsa de Comércio de Rosario, Santa Fe

Terceira parada – Roberto Cano, Buenos Aires

Quarta parada – Chacabuco, Buenos Aires

Por Ginaldo Sousa
Saímos de General Pico, em La Pampa, pela Rodovia 33. Chegamos em Buenos Aires e passamos por General Villegas e Piedritas. Cruzamos a Rodovia 7, passamos por Rufino (Santa Fe), Muñoz (Santa Fe) e pegamos a Rodovia 14 até Rosario (Santa Fe). As lavouras de soja que percorremos ontem estão melhores que as da área central da província de La Pampa, mas o milho continua com os mesmos problemas verificados. Ao entrarmos em Santa Fe, a mudança é visível: as lavouras mantém o mesmo padrão e qualidade verificados na área leste da província em nosso segundo dia de viagem, com alto padrão das lavouras em fase de enchimento, mas com solo um pouco seco e precisando de chuva – porém, sem a mesma urgência de Córdoba e La Pampa. Na quinta-feira (15), vamos visitar a Bolsa de Rosario e depois vamos continuar a rodar a província de Buenos Aires na qual, segundo informações, as lavouras não estão no mesmo padrão que Santa Fe.
Primeira parada – America, Buenos Aires

Segunda parada – Piedritas, Buenos Aires

Terceira parada – Venado Tuerto, Santa Fe

Quarta parada – Muñoz, Santa Fe

Por Ginaldo Sousa
Saímos de Rio Cuarto, na província de Córdoba, pela Rodovia 35, em direção ao Sul e à província de La Pampa, descendo até a cidade de Santa Rosa e seguindo para General Pico. As temperaturas estavam amenas, mas logo à tarde esquentaram e vieram para casa dos 32°C a 33°C. Em todo este trajeto verificamos milho muito ruim, com perdas mais acentuadas do que nas províncias de Santa Fe e grande parte de Córdoba. A soja está em bom estado e pode ter uma boa produção se as chuvas vierem nos próximos 5 a 7 dias. Há sojas formando vagem e outras em fase de enchimento, mas a região está sem reservas hídricas no solo. As chuvas são vitais para a safra Argentina neste momento, principalmente nesta região. Para a quarta-feira (14), iremos sair de General Pico em direção a Rosario (província de Santa Fe), para percorrer a província de Buenos Aires até a quinta-feira (15), quando teremos, no final da tarde, dados mais concretos para a safra de soja na Argentina, embora tudo dependa das chuvas nos próximos dias.
Primeira parada – Malena, Córdoba
Impressões: Lavouras muito boas com potencial de produção excelente, mas chuvas precisam ser registradas nos próximos dias.

Segunda parada – Tosquita, Córdoba

Terceira parada – Nicolás Bruzzone, Córdoba

Quarta parada – Embajador Martini, Córdoba

Quinta parada – La Carlota, Córdoba

Por Ginaldo Sousa
Percorremos algo como 500 km saindo de San Francisco no leste da província de Córdoba, passamos pela cidade de Córdoba, descemos por Vila Maria em direção ao Sul e estamos em Rio Cuarto onde pernoitamos. Neste trecho de ontem verificamos que as lavouras não estão tão boas como as de Santa Fé. O solo está mais seco, existem áreas que precisam de chuvas com mais urgência, encontramos lavouras medianas e boas, mas muita soja tardia plantada durante o mês de dezembro. Essas lavouras ainda tem um bom potencial de produtividade, mas dependendo da região, por exemplo, Vila Maria, as chuvas não podem tardar mais que 5/6 dias. De um modo geral a Província de Córdoba mantém um bom potencial de alta produção, mas as chuvas têm que chegar nos próximos dias. O milho do cedo que vimos até agora, tanto em Santa Fé como aqui em Córdoba, tem boas perdas, o milho do tarde está bem, mas precisa de boas chuvas rapidamente. Estamos descendo em direção a Lá Pampa onde vamos pernoitar em General Pico. Para hoje tempo seco previsto em todo o país.

Primeira parada – Devoto, Córdoba

Segunda parada – Tránsito, Córdoba
Impressões: A região tem planta com ácaro vermelho e presença de lagarta (spodopthera)

Terceira parada – Toledo, Córdoba

Quarta parada – Arroyo Cabral, Córdoba

Quinta parada – Luca, Córdoba
Impressões: Áreas mais secas. Não tiveram chuvas nos últimos dias

Sexta parada – General Cabrera, Córdoba
Impressões: Lavouras com boa capacidade produtiva, mas que necessitam de chuvas para consolidar

Por Ginaldo Sousa
Boas chuvas caíram na Província de Santa Fé neste final de semana e as temperaturas simplesmente despencaram neste domingo (11) para casa 16/18 graus. A província de Buenos Aires continuou seca e pelo jeito é que precisa de chuvas com maior urgência. Apesar de termos andado ontem a tardinha em parte da mesma, esta será a ultima a receber nossa atenção e nossa avaliação.
Percorremos hoje cerca de 550 km desde San Nicolas até San Francisco na província de Córdoba. Na província de Santa fé basicamente não verificamos nenhuma lavoura que chamasse atenção. O solo está úmido as plantas têm um ótimo porte, grande maioria em fase de enchimento de vagem e com boas perspectivas de alta produtividade. Amanhã iremos percorrer toda província de Córdoba, onde também recebeu chuvas neste final de semana em boa parte das lavouras.
O mercado está tentando contrabalançar o aumento da safra brasileira, com a quebra que estimam para a Argentina e os altos estoques americanos de 530 mi/bu anunciados pelo USDA no último dia 8/2.
As previsões divulgadas agora a tarde pelo modelo EUROPEU mostra que pelos próximos 10 dias o clima vai continuar em toda a Argentina com chuvas abaixo do normal. Talvez isso que esteja dando esta força para as previsões de abertura firme.
Abaixo o mapa válido até 21 /2.

Confira fotos das primeiras paradas do Crop Tour:
1ª parada – Pavón, Santa Fe
Impressões : Solo com rachaduras pelo longo período de seca, mas recebeu chuvas recentes; as plantas tem bom enraizamento e as lavouras apresentam bom potencial produtivo.

2ª parada – Roldan, Santa Fe

3ª parada – Luís Palacios, Santa Fe
Impressões: áreas de milho sofrem mais e produtividade está comprometida

4ª parada – Totoras, Santa Fe

5ª parada – Cañada Rosquín, Santa Fe
Impressões: Planta com 80 vagens, indicando bom potencial de produção, além de várias vagens com 4 grãos

6ª parada – San Vicente, Santa Fe
Impressões: Milho plantado mais tarde tem melhor potencial de produção

7ª parada – Angelica, Santa Fe