Dólar abre em alta, à espera de dados de emprego dos EUA e com expectativa por acordo entre Mercosul e União Europeia

 — Foto: Karolina Grabowska/Pexels

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O dólar abriu em alta nesta sexta-feira (6), de olho na Cúpula do Mercosul, que acontece em Montevidéu, Uruguai, e conta com a participação da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A participação da presidente nesta cúpula aumenta as expectativas de que, ao longo do dia, a União Europeia e o Mercosul devem anunciar um esperado acordo comercial, que já é negociado há anos.

Além disso, o mercado também aguarda novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Veja abaixo o resumo dos mercados.

No dia anterior, a moeda caiu 0,60%, cotada a R$ 6,0112.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 0,18% na semana e no mês;
  • ganho de 23,88% no ano.

O Ibovespa começa a operar às 10h.

Na véspera, o índice encerrou em alta de 1,40%, aos 127.858 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • avanço de 1,74% na semana e no mês;
  • recuo de 4,72% no ano.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

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O que está mexendo com os mercados?

Os olhos estão voltados para a Cúpula do Mercosul, que pode terminar com a assinatura de um acordo com a União Europeia.

O Acordo de Associação Mercosul-União Europeia visa fortalecer a relação entre os países dos dois blocos e, entre outros pontos, facilitar o comércio de bens e produtos entre as duas regiões — tema que segue sendo alvo de debates e discordâncias, entre especialistas e até mesmo entre os países da UE.

Há muita expectativa sobre quais seriam os termos do acordo e como avançará a negociação entre os países da União Europeia.

Segundo o professor de política internacional da UERJ, Paulo Velasco, uma aprovação do acordo pela maioria obriga os países da União Europeia que votarem contra a cumprir as regras acertadas. “A soberania comercial da União Europeia é da União Europeia”, afirmou, em entrevista à GloboNews.

No entanto, alguns países do bloco europeu são contrários ao acordo, com destaque para a França. O professor pontua que há um grande temor de que o governo francês consiga convencer outros países a se posicionarem contra o acordo nos processos de aprovação dentro do bloco.

Um dos critérios para aprovação de acordos na União Europeia é o populacional — se os países contrários somarem a maioria da população total da União Europeia, eles podem barrar o acordo, destacou Velasco.