Empresa chinesa inicia obra de linha de transmissão de R$ 9,5 bilhões
Dois anos após ter vencido leilão do governo, a companhia de energia chinesa State Grid iniciou nesta quinta (28) obras para a construção da segunda linha de transmissão de eletricidade de Belo Monte, projeto que custará R$ 9,5 bilhões e vai gerar 16 mil empregos durante sua execução. Com 2.550 quilômetros, a linha vai cortar cinco Estados brasileiros, ligando a usina localizada no rio Xingu a Paracambi, na Baixada Fluminense, e é fundamental para garantir o escoamento da energia gerada por Belo Monte. Em cerimônia para marcar o início das obras, em Paracambi, na Baixada Fluminense, o vice-presidente da área internacional da empresa, Zhu Guanchao, disse que a State Grid continua avaliando oportunidades para ampliar os negócios no país. Em janeiro, a empresa adquiriu o controle da CPFL, maior grupo privado de energia do país, em uma operação de R$ 14 bilhões. “Estamos com muito interesse nas áreas de transmissão, distribuição e energias renováveis”, afirmou Guanchao. A obra da linha de transmissão de Belo Monte deve durar 25 meses – o contrato prevê o início das operações em dezembro de 2019. A licença de instalação foi emitida em agosto. Serão 13 canteiros de obras no trajeto da linha, para a instalação de 4,6 mil torres. “Os grandes desafios dessa obra são a extensão e administração dos contratos”, disse Paulo Esmeraldo, presidente da Xingu Rio Transmissora de Energia (XRTE), empresa criada para tocar o projeto. São cinco consórcios responsáveis pelas obras – entre as empresas, há duas chinesas. Esmeraldo disse que cerca de 40% dos equipamentos virão da China. O projeto já consumiu R$ 1,2 bilhão. A empresa planeja ir ao BNDES para financiar um terço do custo das obras e lançar debêntures para outro terço. O restante será pago com recursos próprios.