Explosão no metrô de Londres deixa feridos; polícia fala em ‘ato terrorista’

O metrô de Londres foi alvo de um atentado nesta sexta-feira (15) com uma explosão que deixou ao menos 29 feridos, mas nenhum em estado grave ou morto, segundo as informações preliminares. A polícia busca o responsável. A explosão –descrita por uma testemunha como uma “bola de fogo”– ocorreu na estação Parsons Green, no oeste da cidade, causada por um explosivo caseiro. Passageiros sofreram queimaduras e foram feridos na correria. O suspeito pelo ataque ainda não foi identificado formalmente e ninguém foi detido, mas há a expectativa de que a informação não tarde, pois o transporte londrino é monitorado por câmeras. Centenas de agentes das de segurança foram deslocados para a investigação. A organização terrorista Estado Islâmico reivindicou o ataque por meio de um de seus canais oficiais. Não há provas de seu envolvimento, porém. A polícia britânica confirmou o incidente e trata o episódio como um ataque terrorista, o quinto do ano. A primeira-ministra conservadora, Theresa May, convocou um comitê de emergência para discutir a situação. “Os serviços de emergência estão, mais uma vez, respondendo com rapidez e bravura ao que se suspeita ser um incidente terrorista”, disse May durante a manhã. O prefeito de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, condenou “os horrendos indivíduos que tentam usar o terror para nos ferir e para destruir o nosso estilo de vida”. Já o presidente americano, Donald Trump, reagiu via Twitter ao ataque, onde escreveu “outro ataque em Londres por um terrorista perdedor”. “Essas são pessoas doentes e dementes que estavam nas vistas da polícia. É preciso ser proativo!”. Comentando a declaração, May disse que “nunca acho ser útil que qualquer pessoa especule sobre uma investigação em andamento”. A explosão desta sexta no metrô evoca os ataques de 7 de julho de 2015, quando uma série de atentados coordenados contra o transporte público londrino deixou 52 mortos e mais de 700 feridos. O Reino Unido já foi o alvo de quatro atentados em 2017. O mais grave deles ocorreu em Manchester na saída de um show da cantora americana Ariana Grande, em que 22 pessoas foram mortas. O governo elevou o nível de ameaça terrorista para “crítico”, o que significa, na escala oficial, a probabilidade imediata de novas ações. A polícia britânica frustrou ao menos 19 planos de atentado desde junho de 2013, segundo os dados oficiais. As autoridades acreditam que o dispositivo detonado no metrô nesta sexta explodiu apenas parcialmente. Ele poderia, portanto, ter causado um dano bastante maior. EXPLOSIVO A explosão desta sexta parece ter sido causada por um artefato improvisado dentro de um balde coberto por uma sacola de supermercado. É possível ver fios saindo de dentro do objeto em chamas, nas imagens que circulam na rede. Ambulâncias, carros de bombeiro e um helicóptero foram enviados ao local para responder à emergência. O serviço de metrô na linha distrital foi temporariamente suspenso entre as estações Earls Court e Wimbledon. As autoridades britânicas pedem que cidadãos com informações procurem a polícia na linha de emergência. É possível enviar imagens do incidente por meio da página oficial da polícia na internet. O efetivo policial nas ruas vai ser ampliado nos próximos dias, em especial em locais sensíveis, como o transporte público e os museus. Onda de atentados