FBI investiga se Uber usou software para interferir em concorrentes
O FBI está investigando se a Uber Technologies utilizou softwares para interferir ilegalmente em seus concorrentes, noticiou o jornal The Wall Street Journal nesta sexta-feira (8). A investigação está focada em um programa da Uber, conhecido internamente como ‘Hell’, que poderia rastrear motoristas que trabalham para a concorrente Lyft, disse o jornal, citando pessoas familiarizadas com a investigação. Sob o programa, que foi descontinuado no ano passado, a Uber criou contas de passageiros falsas na Lyft para solicitar corridas, possibilitando o monitoramento dos motoristas próximos e dos valores das corridas de seu concorrente, disse o The Wall Street Journal. O software também permitia que a Uber obtivesse dados sobre motoristas trabalhando para as duas empresas e pode ter permitido que os motoristas fossem incentivados financeiramente a deixar a Lyft, acrescentou o WSJ. A questão fundamental para os investigadores é se o programa abrangia o acesso não autorizado a um computador, disse o jornal. A Uber não estava imediatamente disponível para comentários. TAXIFY A Taxify, rival do serviço de transportes urbanos por aplicativo Uber, interrompeu temporariamente as operações em Londres, após apenas três dias de funcionamento, informou nesta sexta-feira (8) a companhia, com o órgão regulador de transportes na cidade apontando que a mais nova concorrente não conseguiu obter uma licença para operar. A startup da Estônia, que atua em 25 cidades nas partes central e leste da Europa e na África, lançou nesta semana o serviço em Londres. “A Taxify não é uma operadora licenciada em Londres”, disse um porta-voz do TfL —órgão regulador. “O TfL instruiu a Taxify a parar de aceitar chamados e a empresa cumpriu a decisão”. A empresa informou que sua plataforma de software para conectar motoristas e passageiros estava funcionando por meio da City Drive Services, um grupo de contratação de transporte privado licenciado em Londres. A Taxify disse ainda que cadastrou 3 mil motoristas e 30 mil clientes baixaram o aplicativo de transportes nos três primeiros dias de serviço. A companhia, que recentemente anunciou ter recebido financiamento da chinesa DiDi Chuxing, disse que suspendeu as operações temporariamente, mas que está ansiosa para solucionar o problema com o TfL.