Filhos e credores brigam por herança do ex-rei da soja
O espólio de Olacyr de Moraes, morto em junho de 2015, está sendo questionado na Justiça. Conhecido como “rei da soja”, o empresário chegou a ser dono de construtora (a Constran, vendida para UTC), banco e extensas propriedades rurais, e foi considerado um dos homens mais ricos do mundo. Mas, a partir dos anos 1990, após negócios malsucedidos, aliados ao confisco do governo Collor, Olacyr foi acumulando pesadas dívidas e viu seu império se desmanchar.
Credores do empresário entraram este ano com processo na Justiça reivindicando o bloqueio do dinheiro da venda da Ciapar, empresa que administra as fazendas dos Moraes, para o grupo AMaggi, da família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, apurou o Estado. A transação, anunciada em janeiro, é avaliada pelo mercado em R$ 1,1 bilhão. As partes não informaram o valor do negócio.
Reunidos na empresa Marne – grupo de empresários italianos que já tinha créditos acumulados desde quando Olacyr ainda estava no dia a dia -, os credores alegam ter hoje cerca de R$ 300 milhões a receber. O processo está em segredo de Justiça. A Ciapar reúne as fazendas de soja, milho e algodão em Mato Grosso, com 105 mil hectares, e estava sendo administrada, desde o início dos anos 2000, por Ana Cláudia, filha de Olacyr.
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