Função do gestor de imagem é cada vez mais necessária no país
VERÔNICA FRAIDENRAICH COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Resgatar a imagem de uma empresa envolvida em escândalo de corrupção é uma tarefa tão árdua quanto salvar uma companhia em crise financeira. A missão cabe ao gestor de crise de imagem, responsável ainda por antecipar problemas potenciais, treinar funcionários e executivos, preparar um manual de crise e simular todos esses processos. A rotina de trabalho inclui ainda o monitoramento de todo o contato da marca com o público, incluindo as mídias sociais de seus funcionários. Essa é a tarefa de Jessica Alves, 26, da APC by Schneider Electric, multinacional francesa especializada em gestão de energia e automação. “Os porta-vozes têm que se conscientizar de que a sua imagem está associada à da companhia. Eles precisam saber se colocar e tomar cuidado com o que dizem nas redes sociais”, diz Alves. O trabalho, segundo ela, é estressante. “A gente tem que dar respostas rápidas ao público e estar antenada com tudo, dos memes à política e à economia.” Para Paulo Roberto Pepe, presidente da Empório da Comunicação, essa é uma carreira em alta após as recentes denúncias envolvendo grandes empresas. “Será cada vez mais necessária uma gestão preventiva de crises, com profissionais qualificados, que identifiquem os riscos, apontem as possíveis consequências e as formas de minimizá-las.” * GESTOR DE IMAGEM O que faz Antecipa potenciais problemas, monitora o contato com o consumidor e resolve crises quando surgem Salário inicial R$ 2.500 (analista) e R$ 16 mil (gerente) Perfil desejado pelas empresas Conhecimento em antropologia, psicologia, política, marketing, comunicação e direito Onde há vagas Agências de comunicação e relações públicas e área de marketing Onde estudar ESPM, PUC, IAB-Brasil, Mackenzie Duração do curso De dois dias a dois anos Visão de quem faz “Tem de se reciclar sempre, discutir métodos e processos com pessoas do mercado e conhecer novos casos” Jessica Alves, 26, estrategista de mídias sociais