Hezbollah perde contato com o chefe do grupo após bombardeio israelense no Líbano, diz agência

Hassan Nasrallah durante discurso em Beirute, no Líbano — Foto: Joseph Eid/AFP

Hassan Nasrallah durante discurso em Beirute, no Líbano — Foto: Joseph Eid/AFP

O Hezbollah perdeu o contato com o chefe do grupo, Hassan Nasrallah, informou a agência Reuters com base no relato de uma fonte próxima à organização extremista. Na manhã desta sexta-feira (27), Israel lançou um ataque mirando o QG do Hezbollah em Beirute.

Fontes ouvidas pela Reuters disseram que o bombardeio israelense tinha como objetivo atingir Nasrallah. Um oficial do governo afirmou ainda que Israel deseja eliminar o chefe do Hezbollah para neutralizar a ameaça que o grupo oferece.

Até a última atualização desta reportagem o Hezbollah não havia se pronunciado oficialmente sobre o paradeiro de Nasrallah. No entanto, fontes chegaram a afirmar que ele não foi atingido. O governo do Irã, que apoia o grupo extremista, informou que estava checando a condição dele.

O bombardeio desta sexta-feira a Beirute deixou seis pessoas mortas e outras 91 feridas, segundo o Ministério da Saúde do Líbano. O ataque aconteceu pouco tempo depois de o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursar na ONU.

Na madrugada de sábado (28), pelo horário local — noite de sexta-feira (27), no Brasil — novas explosões foram reportadas em Beirute. Israel afirmou que estava bombardeando alvos com armamento do Hezbollah.

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Só nesta semana, 700 pessoas morreram no Líbano em ataques, segundo as autoridades do país. Além dos seis mortos no bombardeio a Beirute, outras 25 pessoas perderam a vida em ataques no sul do país, incluindo quatro crianças.

Do outro lado, as forças israelenses disseram que o Hezbollah lançou mísseis contra a cidade de Haifa, a terceira maior de Israel.

Ainda em Israel, milhares de pessoas que vivem no norte do país tiveram de deixar suas casas por conta dos lançamentos de mísseis e foguetes pelo Hezbollah — o governo israelense prometeu que a nova fase no conflito só terminará quando os moradores conseguirem retornar com segurança.

Netanyahu rejeitou na quinta uma proposta de cessar-fogo de 21 dias conjunta feita por diversos países, entre eles os Estados Unidos, o Reino Unido e os Emirados Árabes.

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