Israel aceita plano dos EUA para novo cessar-fogo temporário em Gaza

Palestinos rezam durante o Ramadã em meio a escombros na Faixa de Gaza — Foto: Hatem Khaled/Reuters
Palestinos rezam durante o Ramadã em meio a escombros na Faixa de Gaza — Foto: Hatem Khaled/Reuters
Israel anunciou neste sábado (1º) que aceitou a proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo em Gaza temporariamente.
De acordo com o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o período previsto para a pausa no confronto contra o grupo terrorista Hamas na região se estenderá durante o Ramadã e a Páscoa judaica.
Em 2025, a celebração islâmica do Ramadã acontece entre 28 de fevereiro e vai até 30 de março (a duração é de 29 dias). Já a Páscoa judaica ocorre entre os dias 12 e 20 de abril.
Não há informações sobre planos para a trégua seguir após estas celebrações.
O porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, disse neste sábado que o grupo rejeitou a “formulação” de Israel de estender a primeira fase do cessar-fogo em Gaza, mas não mencionou explicitamente o plano de Witkoff.
Este primeiro cessar-fogo entrou em vigor em 19 de janeiro, depois de mais de 15 meses de um conflito desencadeado pelo ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 contra o sul de Israel, o mais letal na história do país. O acordo foi planejado em três fases, e os próximos passos ainda estão sendo negociados.
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“É imperativo que se façam todos os esforços para prevenir o retorno às hostilidades, o que seria catastrófico”, disse Guterresm em comunicado divulgado por seu porta-voz Stéphane Dujarric.
Na nota, Guterres insta todas as partes a “atuarem com máxima moderação e a encontrarem uma forma de avançar para a fase seguinte”.
“Um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns são essenciais para prevenir uma escalada e evitar consequências mais devastadoras para a população civil”, ressaltou Guterres.
“As últimas seis semanas proporcionaram um respiro frágil, mas vital, oferecendo certo alívio tanto para os palestinos quanto para os israelenses”, e permitiu a entrada de “assistência vital” para as pessoas de Gaza.
Guterres reiterou sua reivindicação de uma “libertação digna, imediata e incondicional de todos os reféns” e que a ajuda humanitária aos palestinos “continue fluindo sem impedimentos”

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