Justiça pede ação contra empresa financeira por juros altos
Um processo no qual a Crefisa foi condenada por ter cobrado juros de 22% ao mês de uma cliente pode ter como desdobramento uma nova ação, essa por danos sociais, que visa penalizar um comportamento repetido. Os desembargadores listaram 20 casos em que a empresa cobrou juros em “exorbitância” para mostrar que há recorrência de contratos que atentam contra o princípio da função social. “Há indícios de dano social”, escreveram. A Justiça não pode mover ações, e por essa razão, os três julgadores encaminharam a decisão ao Ministério Público, ao Procon de São Paulo e ao Banco Central para que as entidades analisem essa possibilidade. A Crefisa já é fiscalizada permanentemente pelo Banco Central, que verifica não só suas próprias normas, como as de direito do consumidor, segundo a diretora jurídica Celita Rosenthal. “Os juros no Brasil são livres e nós atendemos um público de altíssimo risco, com grande chance de não recebermos pagamentos.” O Procon não deve entrar com ação, diz Carlos Augusto Coscarelli, chefe de gabinete. “Mover processo é da alçada do Ministério Público.” A promotoria não comentou, pois a decisão ainda não chegou oficialmente. O Banco Central “não comenta a situação de instituição regulada”, segundo a assessoria de imprensa. Leia a coluna completa aqui.