Leitor ironiza críticas de investidores dos EUA à reforma trabalhista
REFORMA TRABALHISTA Coitados dos americanos que não podem investir aqui e pagar menos do que pagam aos seus cidadãos. Capitalismo para eles é só lucro, não tem despesa nem custo. E ninguém pode pedir indenização, como fazem americanos malvados. Quem sabe nossos deputados não se comovem e nos tiram mais alguns direitos, tão nocivos a esses empresários. SÉRGIO RIBEIRO (São Paulo, SP) – DATAFOLHA Não se trata de tolerância, mas de sobrevivência. Quem perdeu o emprego, teve a renda reduzida ou está na miséria certamente vai se lembrar de tempos melhores que viveu durante o governo Lula. Isso faz diferença quando não se visualizam potenciais candidatos que não estejam ligados aos partidos corrompidos. Além disso, a maioria dessas pessoas não acredita em tudo o que a imprensa divulga nem na imparcialidade do Judiciário e do Ministério Público. ALBINO TEIXEIRA (Brasília, DF) * Nesta terça (3), a Folha resolveu explicar os resultados esquizofrênicos de sua pesquisa apresentada no domingo. Perguntar aos mais pobres se a corrupção é aceitável para manter um governo que combata a pobreza (e qual governo, realmente, combateu?) explica muita coisa. Manipulação vergonhosa! ANAMARIA MOLLO DE CARVALHO (Brasília, DF) * Continua existindo a cultura do indivíduo que saiu da miséria e chegou ao poder de um país. Este é o país que temos no momento. Lula fez excelentes coisas, mas não soube prepará-las para a continuidade. Lembra a história dos três porquinhos: construiu casa de papelão, que dá moradia, mas na primeira chuva se desfaz. É isso que queremos novamente? RUBENS R. C. SCARDUA (Mogi Guaçu, SP) * O resultado da pesquisa Datafolha é, na minha opinião, consequência do “golpe”, que conseguiu transformar Lula em vítima. MARCIA A. TARGA GONÇALVES (Atibaia, SP) * A pesquisa Datafolha escancara a frustrante situação e revela o terrível momento que o país atravessa, em que praticamente a totalidade dos brasileiros desaprova seu atual presidente. LUÍS R. N. FERREIRA (Santos, SP) * O ex-presidente Lula deveria ser o ganhador do Prêmio Nobel de Física de 2017 pela criação da teoria de que nunca ocupou espaços onde esteve, foi visto e nos quais fez o que não deveria ter feito. CARLOS GASPAR (São Paulo, SP) – CRIANÇA DO DIA Sensacionais essas entrevistas com crianças. Uma bela homenagem e, ao mesmo tempo, uma ótima oportunidade de dar voz a elas! MARIA THEREZZA TERRA (S. José dos Campos, SP) – POLÊMICA NA ARTE Deixando de lado os nazistas e a discussão sobre conceito, propriedade, função e valor da arte e trazendo o fato para a vida real: uma criança, como aquela que esteve no MAM, saberá discernir quando a nudez de um homem adulto (que se estivesse na rua seria preso) é arte ou abuso? ENI MARIA MARTIN DE CARVALHO (Botucatu, SP) – UERJ Uma coisa típica de burocrata preguiçoso a nota da Uerj dizendo que não pode fazer prova extra para os estudantes da favela porque o edital não previa isso. Quanta insensibilidade! E ainda tem a cara de pau de lamentar que não pode amenizar o problema, ocorrido fora dos muros (viva os muros!) da universidade. Se o tiroteio fosse dentro dos muros, aí ela realizaria prova extra? LUIZ JOSÉ DE SOUZA (São Paulo, SP) – RENCA Está errada a informação segundo a qual o presidente Michel Temer “prometera à modelo Gisele Bündchen numa rede social não editar o decreto” (sobre a Renca). Isso nunca ocorreu. Como uma simples consulta ao Google esclareceria, a troca de mensagens com a modelo brasileira se deu sobre outro assunto. Em 13 de junho, depois de ser citado nominalmente em dois tuítes de Gisele Bündchen, nos quais pedia o veto às mudanças feitas no Congresso aos limites da Floresta de Jamanxim, o presidente comunicou a ela e à ONG WWF que havia “vetado integralmente todos os itens das MPs que diminuíam a área preservada da Amazônia.” Nesse episódio, ao contrário do que diz a Folha, o presidente atendeu a uma reivindicação de ambientalistas. A reportagem também omite de seus leitores a origem política do movimento 342, que, como indica o número, refere-se ao quórum de 3/5 da Câmara exigido para afastar um presidente. Nascido em julho num enclave abastado da zona sul do Rio de Janeiro, o 342 promoveu, sem sucesso, uma campanha contra o presidente Temer. Com os mesmos propósitos políticos, o 342 infelizmente usou e abusou da popularidade de seus integrantes para desinformar os brasileiros sobre os reais efeitos do decreto da Renca, que, como eles sabem, nunca significou o fim da proteção de reservas ambientais e indígenas, mas tão somente a possibilidade de retomada de pesquisas sobre o potencial mineral fora das reservas, com vistas à inibição do garimpo ilegal e desenvolvimento sustentável da população local. MÁRCIO DE FREITAS, secretário especial de Comunicação Social da Presidência (Brasília, DF) NOTA DA REDAÇÃO – O texto foi corrigido e uma errata foi publicada. – ILUMINAÇÃO A Alumini Engenharia, citada na reportagem “Prefeitura faz contrato emergencial de iluminação para driblar PPP travada”, esclarece que não participa da referida licitação. A Quaatro Participações, que disputa o certame como parte do consórcio Walks, foi constituída em 2013, tem personalidade jurídica própria e é controladora de várias empresas. O consórcio apresentou todas as garantias e está sendo prejudicado por uma interpretação errada da prefeitura. A Alumini jamais pagou propina a funcionários da Petrobras ou a agentes públicos e, por isso, contesta na Justiça a declaração de inidoneidade. MAURICIO KHALIL DOS REIS, assessor de imprensa da Alumini Engenharia (São Paulo, SP) RESPOSTA DA JORNALISTA NATÁLIA PORTINARI – A Alumini (antiga Alusa) foi declarada inidônea na Lava Jato sob a acusação de ter pago R$ 72 milhões entre 2004 e 2013 em propina a um ex-gerente da Petrobras. A prefeitura e o consórcio FM Rodrigues/CLD contestam que a Quaatro seria uma empresa distinta da Alumini. O texto deixa claro que a relação entre Alumini e Quaatro se faz pelos sócios, que são os mesmos. – PARTICIPAÇÃO Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para [email protected]