Líderes estrangeiros vão a Kiev apoiar Ucrânia no 3º aniversário da invasão russa ao país

Líderes mundiais apoiam a Ucrânia no aniversário de 3 anos da guerra

Líderes mundiais apoiam a Ucrânia no aniversário de 3 anos da guerra

A invasão russa à Ucrânia completa três anos nesta segunda-feira (24) e vários líderes estrangeiros foram à Kiev para levar apoio à população e ao presidente Volodymyr Zelensky.

Durante a visita dos líderes estrangeiros, um alerta de ataque aéreo foi emitido em todo o país.

“Perigo de mísseis em todo o território da Ucrânia!”, escreveu a Força Aérea Ucraniana no Telegram, referindo-se à decolagem de uma aeronave russa portadora de mísseis MiG-31.  

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy e a primeira-dama Olena Zelenska participam de uma cerimônia na Praça Maidan — Foto: NTB/Javad Parsa via REUTERS

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy e a primeira-dama Olena Zelenska participam de uma cerimônia na Praça Maidan — Foto: NTB/Javad Parsa via REUTERS

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, também estão em Kiev, para reiterar o apoio a Zelensky. 

“Nesta luta pela sobrevivência, não é apenas o destino da Ucrânia que está em jogo. É o destino da Europa”, disse von der Leyen.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, na cúpula "Apoie a Ucrânia " — Foto: Serviço de Imprensa Presidencial Ucraniano/Divulgação via REUTERS

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, na cúpula “Apoie a Ucrânia ” — Foto: Serviço de Imprensa Presidencial Ucraniano/Divulgação via REUTERS

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Em uma mensagem nas redes sociais, Zelensky saudou “três anos de resistência” e “heroísmo absoluto dos ucranianos” desde o início do conflito, agradecendo “a todos aqueles que defendem e apoiam” a Ucrânia

Ataques e protestos

Protestos em apoio à Ucrânia também ocorreram neste domingo (23) em capitais europeias como Paris e Praga, e em frente à embaixada russa em Washington e outras cidades americanas. Outras manifestações estão previstas para esta segunda-feira, incluindo Londres e Sydney. 

Na França, um perímetro de segurança foi imposto no em torno do Consulado russo em Marselha, no sul do país, depois que três projéteis foram lançados, nesta segunda-feira, contra o muro, provocando uma explosão, segundo uma fonte da segurança. Não houve vítimas e todos os funcionários e cônsul russos foram colocacos em locais protegidos.

Ainda nesta segunda, de acordo com autoridades russas, um incêndio atingiu a refinaria de petróleo de Ryazan, uma das maiores da Rússia, ao sul de Moscou, após um ataque de drones ucranianos.

Apreensão por aproximação dos EUA com a Rússia

A reviravolta dos Estados Unidos, após três anos de apoio militar ininterrupto, surpreendeu muitos ucranianos, que temem que seu país seja forçado a aceitar concessões territoriais em troca de um cessar-fogo. 

Se o presidente ucraniano concordar em ceder à Rússia as regiões ocupadas que atualmente pelos russos, “os homens que estão lutando por nossa terra (…) não ouvirão Zelensky e continuaremos a pressionar”, alertou Oleksandr, comandante de uma unidade de artilharia da 93ª brigada. Muitos homens já perderam “suas casas, suas famílias, seus filhos” e não têm “mais nada a perder”, continuou o soldado ucraniano. 

Na Alemanha, o líder dos democratas-cristãos alemães, Friedrich Merz, que venceu as eleições parlamentares de domingo (23) e tem todas as chances de se tornar o próximo chanceler, declarou como “prioridade absoluta” a criação de uma “capacidade de defesa europeia autônoma” como alternativa à “Otan em sua forma atual”. 

O presidente norte-americano, Donald Trump, tenta impor negociações de paz nos termos desejados pelo russo Vladimir Putin, por enquanto sem garantias de segurança à Ucrânia e aos países europeus.