Mais escolarizados puxam fila dos que querem deixar o Rio devido a violência

Sete em cada dez moradores do Rio querem deixar a cidade devido à violência, apontou pesquisa Datafolha feita no começo deste mês. Essa intenção é maior entre os que possuem diploma do ensino superior. A seguir, veja mais detalhes sobre o levantamento que abordou a violência na capital fluminense. * Considerando toda a cidade, 72% dos moradores afirmaram que se mudariam da capital fluminense se pudessem, por causa da violência. O percentual sobre para 76% se considerada apenas a população que completou o ensino superior. E cai para 69% para o grupo apenas com ensino fundamental. – A área que concentra alguns dos bairros mais valorizados da cidade (como Ipanema, Leblon e Copacabana) e tem a maior renda familiar foi onde mais moradores disseram ter alterado suas rotinas devido à violência. Na zona sul, 51% afirmaram que mudaram seus hábitos nas últimas semanas (ante média de 35% na cidade). A alteração mais citada nessa região foi “não sair de casa” (15%). A região em que os moradores menos disseram ter mudado a rotina foi o centro (28%). – A área foi onde mais se citou a presença de toque de recolher próximo à sua residência (34%, ante 28% da média da cidade). O centro foi a região com o menor percentual (22%). Pesquisa Datafolha sobre sensação de insegurança no Rio de Janeiro – Nessa região, 74% afirmaram ter ouvido algum disparo de arma e fogo na cidade. A média na cidade foi de 67%; mesmo percentual da zona sul; o menor foi na zona oeste, com 56%. – Questionados sobre o principal problema do Rio, 38% dos moradores citaram a violência. Foi o item mais lembrado agora em 2017, mas havia sido 43% em abril de 2009, quando o Datafolha também fez essa pergunta. Entre os dois levantamentos, a preocupação com a saúde cresceu, de 21% para 27%. – O Datafolha perguntou à população se legalizar e regulamentar o comércio de drogas seria boa solução para diminuir a violência no Rio. Entre os moradores com renda familiar de até dois salários mínimos, 63% discordaram da legalização; a resistência diminui conforme cresce a renda e chega a 52% entre os que ganham entre cinco e dez salários mínimos. Na faixa de renda mais alta (mais de dez salários mínimos), o percentual foi de 56%.