Mauro Vieira discute com chanceler do Líbano eventual operação de repatriação de brasileiros no país

Mauro Vieira em encontro com o chanceler do Líbano, Abdallah Rashid Bou Habib — Foto: Reprodução
Mauro Vieira em encontro com o chanceler do Líbano, Abdallah Rashid Bou Habib — Foto: Reprodução
As informações foram divulgadas pelo Itamaraty após o encontro, que durou cerca de 40 minutos.
Ao todo, cerca de 21 mil brasileiros vivem no Líbano atualmente. O número representa a maior comunidade brasileira em países da região, à frente de Israel (14 mil), Emirados Árabes Unidos (9,6 mil) e Jordânia (3 mil), por exemplo.

Brasileiro descreve momento em que o irmão e o pai morreram em ataque de Israel no Líbano
Nos últimos dias, o Ministério das Relações Exteriores passou a enviar orientações aos brasileiros que vivem no Líbano. Entre essas orientações, estão:
- deixar o Líbano por meios próprios;
- evitar aglomerações e manifestações;
- evitar deslocamentos para a região sul do Líbano (onde se concentra a guerra);
- se estiverem fora do Líbano, evitem retornar até a situação melhorar.
Rotas estudadas
Além disso, na costa oeste, onde está o mar, o Líbano está a cerca de 200 quilômetros do Chipre, o que poderia ser uma outra opção, de acordo com relatos obtidos pela TV Globo e pela Globonews.
Neste momento, segundo diplomatas, a fronteira sul do Líbano não é considerada uma opção. Isso porque é a região onde os ataques israelenses se concentraram – o sul do Líbano faz fronteira com o norte de Israel.
Reuniões bilaterais
Além da reunião com o chanceler do Líbano, neste sábado, Mauro Vieira também teve nos últimos dias outras reuniões bilaterais.
Na última quinta (26), por exemplo, o ministro se encontrou com o chanceler da Síria, Bassam Sabbag. Durante a reunião, eles discutiram a crise em Gaza (em razão da guerra entre Israel e o Hamas) e também as “perspectivas de alastramento regional do conflito, em especial no Líbano e na Síria”, segundo o Itamaraty.
Os chanceleres estão nos Estados Unidos em razão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que começou nesta semana e da qual também participaram, por exemplo, os presidentes Lula e Joe Biden (Estados Unidos), além dos primeiros-ministros Benjamin Netanyahu (Israel) e Mahmoud Abbas (Palestina).