Ministro do Planejamento insiste que reforma da Previdência é prioridade

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse nesta segunda-feira (2) que o governo vai insistir para aprovar ao menos o texto da reforma da Previdência que passou na Comissão Especial criada na Câmara para analisar a matéria. Oliveira frisou também que o governo precisa “respeitar o tempo do Congresso”, mas que mudar a Previdência ainda é prioridade. As declarações foram dadas em resposta ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que disse na sexta (29) que a reforma será “menor do que o governo gostaria”. “Temos que insistir no texto que foi aprovado na comissão, que consideramos satisfatório”, disse o ministro do Planejamento, em entrevista no Rio. Essa versão, aprovada em maio, alterou pontos centrais da proposta original, ao implementar idade mínima de 62 anos para aposentadoria de mulheres (ante os 65 pedidos pelo governo) e estabelecer regra de transição mais branda. Em entrevista, Maia disse que o governo terá dificuldades para aprovar o texto. Nesta segunda, o ministro do Planejamento fez uma defesa da reforma e criticou “tentativas de desinformar a população divulgando dados e estatísticas que não existem” para questionar o deficit da Previdência. “O deficit é preocupante e vem crescendo de maneira muito rápida”, afirmou Oliveira, argumentando que o rombo da Previdência, de R$ 260 bilhões, é superior ao deficit fiscal do país, de R$ 159 bilhões. “Temos que respeitar o tempo do Congresso, há uma série de pautas em discussão”, disse ele. “Mas, do nosso ponto de vista, a Previdência continua sendo a principal prioridade”, concluiu.