O que são e para que servem as criptomoedas, como a bitcoin?
Criptomoedas são moedas digitais inventadas por programadores. A mais famosa é o bitcoin. Depois surgiram altcoins (moedas alternativas). Cada uma é uma sequência única de letras e números que pode ser trocada na internet Ninguém. O controle está em vários servidores ao mesmo tempo. É um sistema descentralizado e público, por isso é extremamente seguro As moedas são emitidas a cada vez que um computador soluciona um problema matemático específico. Qualquer um pode participar e resolver os problemas São os computadores programados para resolver os problemas que geram moedas. “Mina” vem da analogia com o ouro São os donos dos computadores. Eles ganham dinheiro com a venda de moedas e por validar as transações Assim como uma carteira de dinheiro ou o extrato do banco, guardam o registro de quantas moedas a pessoa tem. Entradas e saídas de moedas da carteira são públicas Ocorrem quando alguém compra ou vende moedas. A operação modifica as informações das carteiras. A transação é validada com a tecnologia de “blockchain”, que funciona como um livro-caixa escrito à caneta: não é possível apagar nada Saiba como funciona esse mercado e quais riscos de comprar moedas digitais Pessoas maiores de 18 anos com CPF Existem cerca de dez corretoras especializadas no Brasil. É preciso abrir uma conta com elas e, para isso, apresentar RG, CPF e comprovante de residência Para comprar, o investidor transfere reais para a corretora. Depois, a operação é semelhante à compra e venda de ações. A pessoa diz quantas moedas quer comprar e espera um vendedor Algumas corretoras pedem valor mínimo de R$ 50, o que dá comprar uma fração da moeda As corretoras cobram entre 0,3% e 0,7% sobre o valor da operação, de quem compra e de quem vende. Lucro acima de R$ 35 mil é tributado pela Receita em 15% Sim. O preço das criptomoedas oscila muito. Há ainda risco de a corretora ser invadida por hackers ou quebrar. O surgimento de outras moedas pode derrubar preços Ativos que podem ser usados para transações. São aceitos por um grupo amplo de pessoas e, quando é feita uma troca, estão disponíveis imediatamente (diferentemente do crédito) Tudo que constitui o patrimônio, fixo (imóveis, equipamentos) ou circulante (dinheiro) de uma pessoa ou empresa A variação brusca nos preços inviabiliza, em alguns casos, o uso de criptomoedas como uma moeda de troca. Por isso, existe um debate se as moedas digitais são efetivamente moedas (como dólar e real) ou apenas ativos de investimento arriscado Tecnologia inventada para criar um meio de troca digital confiável para criptomoedas. Garante que seja impossível falsificar ou modificar o registro de transações realizadas Foi criada em 2012. É formada por um conselho de oito diretores. Essas pessoas padronizam a criptografia de bitcoins, protegendo o sistema, mas não tomam decisões Elas são armazenadas em carteiras, que têm senhas gigantes e muito difíceis de memorizar A senha de acesso às criptomoedas fica guardada em um papel Desvantagem: Perder o papel, já que não há backup A senha fica off-line, em um pen drive, por exemplo, ou em dispositivo específico para criptomoedas Desvantagem: no Brasil, o dispositivo específico custa mais de R$ 500 Uma corretora administra as senhas e contas de seus usuários Desvantagem: A corretora pode sofrer um ataque, ou, se não for idônea, pode orquestrar um golpe A senha fica armazenada no smartphone ou no computador Desvantagem: os aparelhos podem ser invadidos, ou o usuário pode esquecer que tem bitcoins e formatar o HD O bitcoin foi criado por um grupo de programadores em 2008. A proposta era uma moeda de troca on-line que não sofresse com o “double spending” (gastar o mesmo dinheiro mais de uma vez) e garantisse anonimato e segurança nas transações. As altcoins, como o ethereum, vieram depois. Hoje, as criptomoedas são usadas como investimento, mas ainda servem para compra e venda no mercado paralelo. Por isso, enfrentam oposição de bancos e autoridades