Realismo é o tema do volume 18 da coleção O Mundo da Arte

O conturbado contexto político, social e econômico do século 19 foi determinante para a concepção e a formação das tendências artísticas do realismo. O 18° volume da Coleção Folha O Mundo da Arte, que estará à venda nas bancas no domingo (15), é dedicado ao realismo e aos pintores que participaram do movimento –como Honore Daumier, JeanFrancois Millet e Theodore Rousseau. Na França, berço do realismo, Luis Bonaparte, sobrinho do imperador Napoleão, organizou um golpe de Estado instaurando o Segundo Império, que durou até 1870. Foi um período de grande desenvolvimento industrial, econômico, social e cultural, no qual houve também grande aumento das diferenças sociais: de um lado, uma burguesia enriquecida, de outro, a miséria da classe operária. Na literatura, o nome de maior vulto foi Honoré de Balzac (1799-1850), autor do conjunto de romances chamado “A Comédia Humana”. Nas artes visuais, um grupo de artistas engajados nas questões políticas e sociais expressou seu descontentamento no realismo. Liderados por Gustave Courbet (1819-1877) e Jean-Baptiste Camille Corot (1796-1875), esses artistas retratavam em suas telas os problemas dos trabalhadores. Assim, suas pinturas reproduziam as coisas como elas eram, sem purificá-las ou embelezá-las. As obras representavam cenas do cotidiano do povo e eram feitas para o povo, possibilitando que ele se reconhecesse na arte.