Soja: Após se aproximar dos US$ 8,90, mercado em Chicago realiza lucros na tarde desta 6ª
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltaram a perder a força na tarde desta sexta-feira (22). O mercado tentou sustentar alguns ganhos mais tímidos, porém, por volta das 14h30 (horário de Brasília), os principais vencimentos perdiam entre 2,50 e 2,75 pontos, com o maio/16, referência para a safra do Brasil, cotado em US$ 8,81 por bushel.
Os preços, com as últimas altas, se aproximaram do patamar de resistência – US$ 8,90 – e, ainda se comportando de forma técnica, voltaram a recuar. Os investidores, segundo explicam analistas, se mantêm na defensiva diante de especulações que ainda cercam diversos fatores que influenciam a formação dos preços no cenário internacional.
E entre esses fatores estão a conclusão da nova safra da América do Sul, principalmente por conta das adversidades climáticas no Brasil, e o nervosismo que ainda permeia as negociações no mercado financeiro global. A movimentação dos preços do petróleo, que registraram alguma recuperação nesta sexta-feira, também são acompanhadas.
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E nem mesmo os números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) com a atualização das vendas para exportação do país foram suficientes para reforçar os ganhos que vinham sendo registrados pelo mercado em Chicago nesta sexta-feira. O volume ficou dentro das expectativas dos traders e ficou abaixo de 1 milhão de toneladas.
As vendas semanais de soja da safra 2015/16, por sua vez, totalizaram 985,1 mil toneladas, recuando 13% em relação à semana anterior. A China foi responsável pela compra de 717,9 mil toneladas do total e, mais uma vez, se configurou como principal destino da oleaginosa norte-americana. No acumulado do ano comercial, as vendas de soja dos EUA somam 41.106,1 milhões de toneladas, um volume que é 9% mais baixo do que o registrado no mesmo período da campanha anterior.
Mais as 27,1 mil toneladas vendidas da safra 2016/17, o total da semana foi a 1.012,2 milhão de toneladas, acima das expectativas de 700 mil a 1 milhão de toneladas.
Por outro lado, as vendas semanais de farelo superaram as expectativas do mercado ao somarem 280,9 mil toneladas, sendo 280,6 mil da safra 2015/16 – acima do registrado na semana anterior – e mais 300 da safra 2016/17. As expectativas do mercado para o derivado, no entanto, variavam de 50 mil a 200 mil toneladas. O Egito foi o maior comprador com 18,5 mil toneladas.
Já as vendas de óleo de soja ficaram dentro do esperado – de 9 mil a 60 mil toneladas – ao somarem 19,3 mil toneladas, com o volume total da temporada 2015/16. A maior parte – 13,4 mil toneladas – foi destinada para a Guatemala.