Soja dispara em Chicago com correção técnica e força dos futuros do farelo nesta 4ª feira
Os preços da soja dispararam na tarde desta quarta-feira (25) na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa, por volta das 13h40(horário de Brasília), subiam entre 25,75 e 30,25 pontos. O contrato julho/16, o mais negociado deste momento, vale, portanto, US$ 10,85 por bushel.
Segundo explicam analistas, a movimentação do mercado é, mais uma vez, técnica e leva as cotações a se ajustarem diante de seus fundamentos positivos – com os fundos investidores de volta à ponta compradora – e depois de terem testado o patamar de suporte de US$ 10,50, trabalhando abaixo disso na sessão anterior.
Além disso, os futuros do farelo de soja também operam com forte e significativas altas no pregão desta quarta-feira, o que contribui para os ganhos do grão. O contrato julho/16, assim, já passava de US$ 407,00 por tonelada curta em Chicago na tarde desta quarta.
OS fundamentos e fatores externos, como explicam os analistas, já são conhecidos e vêm sendo precificados. Assim, são esperadas novidades, principalmente, vindas da nova safra dos Estados Unidos em relação ao clima e à área de plantio da soja no país que possam fortalecer ainda mais os novos ganhos, ainda de acordo com os analistas nacionais e internacionais.
No Brasil
No Brasil, além das fortes altas registradas em Chicago, os preços praticados encontram suporte ainda no dólar em alta frente ao real. A moeda americana chegou a começar o dia em queda, mas reverteu o movimento e, por volta das 14h (Brasília), subia 0,69% para R$ 3,60.
Assim, em Paranaguá, a soja disponível mantinha seus R$ 89,00 por saca, enquanto subia 1,15% em Rio Grande para R$ 88,00. Já o produto da temporada 2016/17 vinha sendo negociado a R$ 90,00 em ambos os terminais, registrando alta de 2,27%.
A volatilidade do câmbio, no entanto, limita os negócios. “O mercado (do dólar) está sem direção, um pouco perdido. As cotações ficam muito ariscas porque o (cenário) político está muito nebuloso”, disse o operador da gestora de recursos de um banco internacional à agência de notícias Reuters.