Soja em Chicago encerra em queda com mapas confirmando chuvas para o Centro-Oeste do Brasil

Mais um dia sem novidades em Chicago. As cotações da soja fizeram o mesmo movimento das duas últimas sessões, iniciando o pregão em alta e encerrando no vermelho. Movimentos tão pequenos que nem dá pra falar em mudança nos patamares de preços. O contrato Janeiro/16 encerrou com queda de 3,5pts cotado a US$ 8,81/bushel. Março/16 caiu 4,75pts negociado a US$ 8,80/bushel e o vencimento Maio/16 recuou 5,75pts a US$ 8,84/bushel.
A justificativa dessa vez não foi o potencial de venda do produtor argentino e sim a percepção que algumas chuvas estão ocorrendo no MT e que nas próximas 24 horas as chuvas continuarão. Além disso, os modelos mostram nos mapas estendidos de 30/12 a 07/01 aumento do volume de chuvas para o estado. A explicação consta em um informativo da Labhoro Corretora direcionado aos seus clientes. “Especificamente no Centro Oeste o período entre 01 a 06/01 as previsões são de boas chuvas com índices variando a 50 a 125 mm que precisam de fato ocorrer. Caso contrário as perdas serão contabilizadas”.
Em seu mais recente levantamento, Michael Cordonnier, um dos consultores agrícolas mais respeitados do mundo, reduziu sua previsão para a safra brasileira de soja, que começa no próximo mês, pela segunda vez em dezembro – recuando em 2 milhões de toneladas para uma produção de 97 milhões de toneladas. Cordonnier classificou como “pobres e de baixa germinação de plantas ” as lavouras no Mato Grosso.

Mas novas informações sobre o clima começam a chegar ao mercado. O renomado jornal norte-americano – The Wall Street Journal – em sua edição on line lembrou que investidores de todo o mundo estão atentos a possibilidade de ocorrência do La Niña nos próximos meses. Assim como o El Niño, ela também traz reflexos para o clima global. No entanto, caso se confirme, especialistas acreditam que o fenômeno traria impactos ainda mais graves na produção agrícola mundial, influenciando ativamente no mercado das commodities.
Muitas emoções estão sendo aguardadas para o próximo ano, mas enquanto ele não chega, a falta de notícias predomina e Chicago vai alternando entre altas e baixas e sem sair do lugar.
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