Soja: Em Chicago, mercado trabalha com poucas novidades e movimentação limitada

O mercado internacional da soja segue operando com estabilidade na tard desta terça-feira (13). A commodity negociada na Bolsa de Chicago, por volta das 13h (horário de Brasília), trabalhava em campo misto e com variações que não chegavam a meio ponto, o que mantinha o contrato maio/17, referência para a safra do Brasil, ainda na casa dos US$ 10,50 por bushel.
A falta de novidades entre os fundamentos mantém o mercado bastante calmo, buscando um reajuste depois da movimentação mais forte das última semanas, a qual permitiu que as cotações se consolidassem em níveis mais elevados. As atenções continuam sendo mantidas, principalmente, sobre o andamento da demanda – que se mantém ainda bastante forte – e no clima da América do Sul. E assim, os preços vão testando os dois lados da tabela.
As chuvas que chegam na Argentina nos últimos dias ajudam a colocar alguma pressão sobre as cotações. Os impactos dessas precipitações, porém, são acompanhados diariamente, uma vez que chegam após um longo período de tempo seco, onde a safra 2016/17 já começava a sentir. Segundo explicam especialistas, porém, “as chuvas têm de ser substanciais para limitar as perdas” na Argentina.
E as últimas previsões climáticas indicam que, nos próximos dias, o tempo seco volta a predominar, além da possibilidade de as temperaturas chegarem a superar os 37ºC já neste final de semana.
Além disso, o mercado de commodities, segundo explicam analistas internacionais, volta a se atentar ao financeiro, já que nesta quarta-feira (14) acontece uma nova reunião do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano), quando será decidido o futuro da taxa de juros no EUA, medida que pode impactar diretamente no câmbio. No entanto, mais do a divulgação dessa informação, ainda segundo especialistas, as atenções estão voltadas sobre a reação do presidente eleito do país, Donald Trump, que recentemente criticou duramente a presidente da instituição, Janet Yellen.

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No Brasil, o dólar recua nesta terça. Por volta das 13h45 (Brasília), a divisa perdia 0,67% para ser negociada a R$ 3,323, com influência não só do quadro internacional, mas também da turbulência política interna. Há pouco, foi aprovado no Senado o texto-base da PEC do teto e, o mercado também se mostra cauteloso frente a esse quadro.
Sobre a atuação do Banco Central, a corretora H.Commcor em relatório, comentou, nesta quarta, que “pode-se ler essa antecipação (da rolagem) como uma forma de prover hedge/liquidez ao mercado em um dia de cautela e tensão com a questão do ajuste fiscal nacional em fase crítica”.