Soja inicia junho com estabilidade em Chicago medindo EUA x China e nova safra americana
Começa um nova semana e um novo mês para o mercado da soja e, na Bolsa de Chicago, os traders ainda se mostram bastante cautelosos diante dos últimos acontecimentos. Dessa forma, por volta de 7h40 (horário de Brasília), desta segunda-feira (1), as cotações caminhavam ainda de lado, operando em campo positivo leves altas entre 0,25 e 0,75 ponto.
Assim, o julho era negociado a US$ 8,41, o agosto a US$ 8,43 e o setembro a US$ 8,46 por bushel.
“Os mercados de grãos estão estáveis diante das expectativas das relações entre China e Estados Unidos, que passam por novas tensões, e frente ainda às previsões climáticas favoráveis para a nova safra de grãos dos EUA”, dizem os analistas da consultoria internacional Allendale, Inc.
Na última sexta-feira (29), o presidente americano Donald Trump fez duras acusações contra a China e afirmou que irá iniciar um processo de retirada de privilégios de Hong Kong. A nação asiática respondeu dizendo que a medida é “imprudentemente arbitrária”.
Agora, o mercado espera, ainda segundo analistas e consultores de mercado, uma nova resposta dos EUA à China. Enquanto isso, os traders temem pelo futuro da demanda dos chineses no mercado norte-americano e dos impactos dessa possível limitação nos preços.
Todavia, no caso da soja, é sabido da necessidade da China pela soja americana diante da baixa disponibilidade de produto no Brasil.
“Se não bastasse a recessão global, a tensao geopolítica China/EUA, Índia, Hong Kong, Taiwan e com a Rússia e Irã sempre no radar, deixam traders extremamente cautelosos (…) Tentaremos focar nos fundamentos, com compras de soja americana sendo chave para a direção”, explica Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar.
Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz seus novos dados de embarques semanais e também, ao final do dia depois do fechamento, o de acompanhamento de safras semanal, trazendo o avanço do plantio no país.
Veja como fechou o mercado na última semana:
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