Soja: Mercado realiza lucros na Bolsa de Chicago nesta 6ª feira após máximas em 15 meses

Após bater nas máximas em 15 meses, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago passaram a recuar no início da tarde desta sexta-feira (13). Por volta de 12h40 (horário de Brasília), as cotações cediam entre 5,25 e 7 pontos, levando o maio/18 aos US$ 10,54 por bushel.
O mercado passa, segundo explicam analistas e consultores, por um movimento de realização de lucros depois das boas altas – registradas, inclusive, na manhã de hoje – e esperam por mais informações que possam direcionar efetivamente os negócios a partir de agora.
Além disso, ainda de acordo com especialistas internacionais, há um sentimento no mercado de que ‘terminará bem’ a disputa entre China e Estados Unidos sobre as tarifações da nação asiática sobre a oleaginosa norte-americana.

Para o analista de mercado Tobin Gorey, do Commonwealth Bank da Australia, as conversas entre China e Estados Unidos sobre as retaliações que estão em discussão entre as duas maiores economias do mundo deverão ter um final favorável para o comércio da soja, o que ajuda nessa movimentação das cotações.
Apesar disso, ainda acredita que, ao menos nesse momento, os chineses seguirão favorecendo as compras de soja brasileira – o que sazonalmente acontece em todos os anos comerciais – e, na sequência, deverão se voltar novamente à oferta americana.
Ademais, as vendas dos EUA para exportação parecem ter recuperado parte do seu ritmo e também contribuem para essa escalada da commodity na CBOT. Ao lado desse fator, pesam ainda mais sobre o andamento dos negócios as incertezas sobre a nova safra dos Estados Unidos.
“O mercado de grãos está balanceando as informações de uma retomada da demana com o clima ainda incerto para a safra 2018/19 dos EUA, informações que vão contra a pressão ainda exercida pelo desenvolvimento da guerra comercial entre chineses e americanos”, diz o boletim diário da consultoria Allendale, Inc.