Soja: Mercado tem pregão calmo nesta 3ª feira na CBOT e trabalha com estabilidade do lado positivo

Na sessão desta terça-feira (15), os futuros da soja seguem operando com estabilidade e pouca oscilação na Bolsa de Chicago. As posições mais negociadas, por volta das 10h40 (horário de Brasília), subiam pouco mais de 1 ponto, com o vencimento novembro/15 cotado a US$ 8,85 por bushel, e o maio/16, referência para a safra brasileira, valendo US$ 8,91.
Segundo explicam analistas, o mercado vem buscando consolidar uma recuperação após as recentes baixas. E contribuindo para esse quadro, o boletim semanal de acompanhamento de safra trazido no final da tarde desta segunda-feira (14) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou uma redução nas lavouras de soja em boas ou excelentes condições de 63% para 61% em uma semana.
Ainda assim, a última projeção do departamento norte-americano é de uma grande safra que poderia chegar a 107 milhões de toneladas. Entretanto, ainda de acordo com analistas, o ajustado quadro de oferta e demanda da temporada 2014/15 vem ganhando um pouco mais de peso nas últimas sessões, dando suporte às cotações. Os estoques finais reportados pelo USDA na última sexta (11) foram novamente reduzidos – para 5,7 milhões de toneladas – e a informação foi bem recebida pelos traders.

“Os futuros da soja estão lutando para manter essas leves altas depois que o contrato novembro registrou um rally e levou as cotações às suas máximas em três semanas”, explica Bryce Knorr, analista de mercado e editor do site internacional Farm Futures.
Ainda nesta terça, o mercado espera pela atualização dos números da NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas) sobre o esmagamento de soja nos EUA e as expectativas do mercado são de um volume de 3,67 milhões de toneladas para o mês de agosto.
Por outro lado, a influência do mercado financeiro ainda exige atenção. Nesta terça, as bolsas chinesas voltaram a cair de olho na saúde da economia do país. Somente nesta semana, o mercado acionário da China já acumula uma baixa de 6%. Além disso, há ainda a reunião do Federal Reserve (o banco central americano) acontecendo nesta semana e as expectativas dos investidores sobre um possível aumento na taxa de juros nos EUA, o que também poderia ser um fator de pressão sobre as cotações.