Soja: Queda do dólar dá fôlego aos preços em Chicago, mas pressiona portos do Brasil nesta 4ª feira

Os futuros da soja parecem ter recuperado parte do fôlego nas negociações na Bolsa de Chicago e vêm ampliando suas altas na sessão desta quarta-feira (4), após começarem o dia operando com estabilidade. Entra as posições mais negociadas, por volta das 13h (horário de Brasília), os ganhos eram de 7,75 a 9 pontos, levando o janeiro/17 de volta à casa dos US$ 9,90 e o maio/17, referência para a safra brasileira, a ser cotado a US$ 10,12 por bushel.
“A soja busca alguma firmeza hoje depois das baixas de ontem, com os últimos números fortes da demanda (dos embarques semanais norte-americanos reportados na terça-feira) e ainda de olho no clima da América do Sul”, explica o analista sênior do portal Farm Futures, Bryce Knorr.
Enquanto isso, nos portos, os preços da soja sentem a pouca influência dos ganhos registrados em Chicago diante de uma baixa de mais de 1% do dólar frente ao real. No disponível, as referências em Paranaguá e Rio Grande se mantinham estáveis em R$ 74,00 e R$ 75,00 por saca, respectivamente. Já no mercado futuro, o preço cedia 1,02% no terminal gaúcho, para R$ 77,50 por saca.
No exterior, a divisa também recua – o que ajuda, inclusive, as commodities de uma forma geral, tanto em Chicago como em Nova York, à espera da ata da última reunião do Federal Reserve (o banco central norte-americano), além da reação dos traders aos últimos números da economia global, os quais vieram positivos.

“A situação política interna deu uma acalmada em janeiro, sem novas delações. E o cenário internacional parece de mais otimismo. O mercado voltou neste início de ano com mais apetite para o risco”, afirmou o presidente da Canepa Asset, Alexandre Póvoa à Reuters.
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