Soja segue em alta na CBOT com clima nos EUA e bons números de embarques americanos nesta 2ª

As altas para os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago continuam na tarde desta segunda-feira (11), embora um pouco mais tímidas do que as registradas mais cedo. Os primeiros vencimentos, afinal, voltaram a bater, nas máximas do dia, nos US$ 11,00 por bushel e acabaram devolvendo parte dos ganhos, mas ainda atuando em campo positivo.
Por volta das 13h (horário de Brasília), os ganhos das posições mais negociadas variavam de 11 a 12 pontos, com o agosto/16 cotado a US$ 10,94 por bushel, e o novembro/16, referência para a nova safra americana, sendo cotado a US$ 10,68. O fator-chave para este mercado continua sendo o clima nos Estados Unidos, segundo explicam analistas de mercado.
“A força técnica do fechamento de sexta-feira mais condições mais secas que as previstas para grande parte do Meio-Oeste deve impulsionar uma correção já no início da semana”, explica Andrea Cordeiro, analista de mercado da Labhoro Corretora. E as novas previsões divulgadas nesta segunda indicam que as próximas semanas deverão ser de menos chuvas e mais calor para o Corn Belt.
O final de julho, segundo essas previsões, deverá ser mais quente e seco e chama a atenção dos traders e analistas de mercado, uma vez que é quando começa o período mais importante para as lavouras de soja do país. Por enquanto, as lavouras norte-americanas se desenvolvem de forma satisfatória no Meio-Oeste americano. Os últimos números do USDA mostram 75% dos campos de milho em boas ou excelentes condições e 70% para a soja. Novos números serão reportados nesta segunda-feira (11), às 17h (horário de Brasília).
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Demanda

Do lado da demanda, as notícias também são importantes nesta segunda-feira, com a chegada do novo reporte semanal de embarque de grãos do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e números acima das expectativas para a soja.
Os Estados Unidos embarcaram, na semana encerrada em 7 de julho, 375,279 mil toneladas da oleaginosa, volume que ficou bem acima das 192,870 mil da semana anterior. Dessa forma, o total ficou acima das expectativas do mercado, que variavam de 140 mil e 330 mil toneladas. Ainda assim, o acumulado nesta temporada – de 44.829,858 milhões de toneladas – ainda se mostra abaixo do registrado no mesmo período do ano comercial anteriror, quando 48.255,968 milhões de toneladas já tinham sido embarcados.
Mercado Interno
No Brasil, o dia também é de alguma recuperação para os preços da soja nos portos, uma vez que ao lado das altas de Chicago são observados ainda os altos prêmios pagos nos portos nacionais e uma alta do dólar frente ao real neste início de semana. Assim, em Paranaguá, a soja disponível tinha como referência os R$ 91,00 por saca e, no mercado futuro, R$ 86,00.
A moeda norte-americana subia, por volta de 13h20 (Brasília), 0,48% e era negociada a R$ 3,31. O avanço, que vem diante de um melhor humor no financeiro internacional com boas notícias da China e do Japão, especialmente, porém, é freado pelas intervenções do Banco Central, com a venda de mais swaps nesta segunda-feira.
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