Soja sobe em Chicago nesta 4ª com ajustes e novas informações – ainda tímidas – de demanda

Os preços da soja voltaram a subir com um pouco mais de força na Bolsa de Chicago no início da tarde desta quarta-feira (14). Mais cedo, o mercado ainda caminhava de lado, com ganhos mais tímidos de pouco mais de 2 pontos. Perto de 12h45 (horário de Brasília), os preços subiam entre 3,50 e 5,75 pontos.
Assim, o contrato janeiro/18 valia US$ 8,82 por bushel, enquanto o maio/19 era negociado a US$ 9,08 por bushel.
Segundo explicam analistas internacionais, a evolução mais lenta do que o esperado da colheita norte-americana tem sido um dos fatores de ligeiro suporte das cotações nesta quarta. Segundo números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), já há 88% da área de soja colhida no país, 5% abaixo da média dos últimos cinco anos.
Pequenos movimentos da demanda também favorecem o ligeiro avanço dos preços. Os embarques semanais norte-americanos reportados ontem vieram acima das expectativas, porém, o acumulado na temporada permanece bem abaixo do ano anterior.

Além disso, os EUA informaram, também nesta quarta-feira, uma nova venda de 148 mil toneladas de soja para destinos não revelados. O volume é todo da safra 2018/19. Esta é a segunda venda registrada nesta semana. Nesta terça (13), foram 276,732 mil toneladas para destinos também não informados.
O mercado, porém segue caminhando de lado, diante da falta de novidades que possa movimentar os preços de forma mais substancial. As expectativas maiores seguem sobe o novo encontro do G20 que aconte no fim deste mês.
Donald Trump e Xi Jinping voltam a se encontrar na Argentina para discutir as taxações impostas por ambos em suas exportações de importações e a possibilidade de um acordo chama a atenção dos traders. Já a proximidade do mesmo não parece tão certa.
Atenção ainda ao dólar frente ao real – que cede nesta quarta, em um movimento de correção após a alta de quase 2% na sessão anterior – e também aos prêmios pagos pela soja brasileira, que começam a perder força neste momento diante dessa possibilidade de consenso entre chineses e americanos.
“A ARC lembra que a redução dos preços da oleaginosa brasileira disponível para exportação irá elevar o interesse da demanda chinesa, que possui cobertura limitada até meados de dezembro”, explicam os analistas de mercado da ARC Mercosul.