Soja tem altas pontuais nesta 4ª feira no Brasil e acompanha leve avanço em Chicago

A quinta-feira (30) foi de altas pontuais para os preços da soja no mercado brasileiro. Com pequenas altas registradas no final do pregão na Bolsa de Chicago e com uma nova baixa do dólar, as cotações permanecem sustentadas pelo restrito quadro de oferta e demanda. Algumas praças do Paraná marcaram ganhos de mais de 1%, bem como em Mato Grosso do Sul e Goiás. Em todo país as referências seguem acima dos R$ 100,00 por saca.
Nos portos, os indicativos não caminharam em uma direção comum nesta quarta, mas também seguem muito fortes, mesmo com alguns ajustes para baixos. E as condições valem tanto para a safra nova, quanto para a safra velha.
Os prêmios para a soja continuam subindo no Brasil e as altas não se restringem somente ao pouco produto da safra nova, mas chegam também à safra nova dada a demanda da China mais atuante no mercado nacional dos últimos dias. Como explicou o analista da Agrinvest Commodities, Eduardo Vanin, as margens de esmagamento crescendo na nação asiática são um dos principais combustíveis para este movimento.
No entanto, o ritmo de negócios se mostra mais lento no Brasil neste momento. “Temos um produtor brasileiro já bem vendido, o câmbio que caiu, Chicago que também recuou um pouco, e o prêmio está fazendo esse reajuste para tentar tirar a soja da mão do produtor”, explica Vanin, que complementa que, apesar disso, o sojicultor não tem feitos novos negócios em grandes volumes. “Perdeu bastante o ritmo dos meses anteriores, quando o câmbio estava subindo. O que temos visto agora são vendas pontuais, de uma forma bem mais cadenciada”.
No link abaixo, veja a íntegra da entrevista de Eduardo Vanin ao Notícias Agrícolas:

>> Prêmios para soja da safra nova do Brasil sobem forte com atuação da demanda da China
BOLSA DE CHICAGO
O dia começou com os preços registrando leves baixas na Bolsa de Chicago, mas aos poucos foram mudando de lado e encerraram o dia com altas de 0,25 a 3 pontos nos principais contratos. O agosto encerrou a sessão com US$ 8,91 e o novembro, US$ 8,88 por bushel.
Mais uma vez, o mercado na CBOT registrou movimentação muito limitada, refletindo a escassez de novas informações. Nem mesmo as vendas semanais informadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) superando as 3 milhões de toneladas na safra nova foram suficientes para animar o mercado.
“Sem grandes novidades, o mercado em Chicago seguiu sob calmaria na sessão de hoje. A ARC ressalta que a boa qualidade da safra norte-americana, a falta de demanda pelo grão estadunidense e a intensificação dos atritos políticos de Trump e Jinping continuam adicionando forte pressão nas cotações da soja e milho na CBOT”, explicam os diretores da ARC Mercosul.