Soja tem leves baixas nesta manhã de 3ª de olho na pandemia e à espera do USDA

No pregão desta terça-feira (31), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago trabalham com leves baixas entre as principais posições. Segue o nervosismo em torno das questões ligadas ao coronavírus sentindo os efeitos da aversão ao risco e, hoje, atua com cautela diante da espera pelos novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Por volta de 7h10 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 1,25 e 4,50 pontos, levando o maio a US$ 8,77, o julho a US$ 8,82 e o agosto a US$ 8,83 por bushel.
O mercado aguarda pelos novos boletins de estoques trimestrais e área de plantio que o USDA traz nesta terça, porém, a reação dos preços pode ser menos intensa com a pressão que ainda exercem as especulações causadas pela pandemia.
“De positivo, a China aos poucos está voltando ao ritmo menos estagnado, inclusive com a reabertura de shoppings, restaurantes, bares, cafés etc, mas obviamente. com medidas novas como distanciamento e máscaras. Apesar de não mudar em nada o cenário de recessão global, é positivo porque melhora bem para a demanda e consumo de alimentos pela população”, diz Steve Cachia.

Para o consultor da Cerealpar e da AgroCulte, parte do foco do mercado vem também para o fato de os EUA ter se tornado o epicentro da pandemia, com o país prestes a começar uma nova safra. O presidente Donald Trump já estendeu, inclusive, o isolamento social até 30 de abril.
No Brasil, diz Cachia, “com dificuldades para controlar o rally no dólar no Brasil, os mercados de soja e milho tendem a continuar operando nestes patamares historicamente altos neste curto prazo”.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
>> Soja em Chicago com poucas alterações à espera de relatórios de área plantada e estoques trimestrais nos EUA